Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da CNA debate sugestões da iniciativa privada para próximo plano agrícola e pecuári.

Os integrantes da Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateram, nesta terça-feira (27/03), em Brasília, as sugestões da cadeia produtiva para o Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, que deve ser anunciado pelo Governo federal até junho deste ano. No plano, lançado anualmente, o governo define o montante total e as especificidades das linhas de crédito direcionadas para o setor agropecuário. As sugestões serão avaliadas pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). Se aceitas pelo Governo federal, as sugestões serão incluídas no próximo plano agrícola e pecuário.

Uma das medidas sugeridas pela Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da CNA é a redução da taxa de juro dos financiamentos para custeio e retenção de matrizes de 6,5% para 4,5% ao ano. “A redução vai contribuir para a redução dos custos da atividade”, afirmou o presidente da Comissão, Francisco Edilson Maia. A sugestão é que o limite do financiamento seja de R$ 130 mil por produtor e R$ 2 mil por animal, com de dois anos para pagamento, incluindo um ano de carência. Outro pedido é para manutenção dos mecanismos de apoio a comercialização, especialmente a Linha Especial de Crédito (LEC) para leite de ovelha, leite de cabra e para lã (nas três categorias de qualidade).

Também foi discutida a parceria firmada, por meio de termo de cooperação, entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para capacitação técnica. Nesta semana, 28 técnicos, instrutores do Senar, da área de ovinocultura de corte, participam de capacitação, atividade desenvolvida na unidade da Embrapa de Sobral (CE). Estão programadas outras capacitações para os meses de abril e maio.

Na reunião de hoje, o presidente da comissão também apresentou a maquete da planta referencial de abate de ovinos e caprinos, desenvolvida a partir das necessidades da cadeia produtiva. A unidade atende a rigoroso modelos de produção. Quando instalada, a planta permitirá, também, o abate de suínos e bovinos, num total de 40 a 80 animais por dia. “Essa planta segue um projeto-padrão, garantindo maior qualidade ao produto oferecido no mercado brasileiro”, afirmou.

 

fonte; CNA

MS exporta 80% de seus ovinos para frigorífico de SP

Mato Grosso do Sul exporta 80% de sua produção de ovinos para o frigorífico Marfrig, da cidade de Promissão, em São Paulo. Visto essa demanda e outros dados favoráveis, passamos a viajar pelo interior do Estado exibindo as tendências do mercado da ovinocultura, buscando uma diversificação na produção, e mostrando mais uma possibilidade de renda ao produtor”, afirma o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul – SENAR/MS, Clodoaldo Martins, durante a abertura do Programa Pró-Ovinos, em Sidrolândia (MS).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica – IBGE, indica que no ano de 2010 havia no Centro-Oeste 1.268.175 ovinos, o que deixa a região somente atrás do Sul e Nordeste do País, que assumiram, respectivamente, a segunda e primeira colocação. Já o Estado de Mato Grosso do Sul, está em 8º lugar no ranking nacional, com uma produção de 497.102 em rebanho ovino, do total de 17.380.581 desenvolvidos no Brasil.

Há estimativa de que o consumo da carne seja uma crescente, chegando a atingir em 2020, o total de 138 milhões de toneladas nos países em desenvolvimento, e 115 milhões nos países desenvolvidos. A Ásia e Oceania devem aumentar sua proporção de consumo para 37 milhões de toneladas nessa mesma época, segundo o pesquisador Fernando Alvarenga Reis, um dos palestrantes do Programa Pró-Ovinos. “Há uma relação direta entre o aumento de renda do consumidor, com a estatística de consumo de carne”, afirma o pesquisador.

Ele conta também que, pesquisadores da Universidade de São Paulo – USP, durante o ano de 2009, entrevistaram 93 pessoas e chegaram ao resultado de que 88.17% dos questionados, afirmam gostar da carne de ovinos, estimando que 79,06% mostram preferência a essa carne quanto às demais. Porém, 96,46% julgam ser uma carne mais cara em relação às outras.

Ainda conforme informações de Fernando Alvarenga Reis, em 2011, o valor da carne dobrou, com grande variação entre os estados brasileiros. No interior de São Paulo, por exemplo, o quilo do cordeiro chega a custar R$ 5,53 – vivo, e o quilo da carcaça se aproxima a R$ 12,50. A realidade do Maranhão é ainda maior em valores, alcançando a cifra de R$ 8,10 o quilo do animal vivo, e o dobro do valor quando morto. “No Estado de Mato Grosso há uma certa desvalorização, chegando a custar R$ 3,00 o quilo do animal em vida”, ressalta o palestrante.

Reis alega durante o evento, que uma vantagem para a produção brasileira tem sido a queda da importação do Uruguai, considerado um dos maiores produtores de ovinos. Em 2011, foi registrada queda de 19% na importação de cordeiro no período de seis anos. No Brasil, foram abatidos em 2010, o número equivalente a 79.300 ovelhas, para comercialização da lã e carne, enquanto que 2011 registrou o aumento para 90.140 cabeças abatidas. Ainda em 2010, o País foi responsável pela produção de 11.646.349 quilogramas de lã, sendo 10.687.809 correspondente ao Estado do Rio Grande do Sul.

“Devemos nos atentar à sazonalidade. No verão, registramos uma oferta de 20 mil cabeças, enquanto que no inverno, a oferta foi de 3 mil no Rio Grande do Sul, talvez essa seja a oportunidade de MS se inserir no mercado, com intenção de competitividade no cenário econômico, além das vantagens para o produtor do Estado”, indica a coordenadora do Programa Pró-Ovinos, Mariana Gilberti Urti.

 

fonte: Famasul

Estados assinam termo por avanço da área livre de aftosa.

Cinco estados do Nordeste e o Pará já estão incluídos na próxima fase do cronograma. Paraíba e Rio Grande do Norte precisarão passar por novas avaliações
Um termo de compromisso – proposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – foi assinado por representantes de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte para garantir o prosseguimento do projeto de ampliação da zona livre de febre aftosa do Brasil.

O acordo foi firmado nesta terça-feira, 27 de março, durante uma reunião entre integrantes do Departamento de Saúde Animal (DSA), secretários de Agricultura estaduais e membros de agências de defesa agropecuária, em Brasília. Nele, os Secretários da Agricultura dos estados se comprometem a executar integralmente as medidas acertadas nos Planos de Ação – e aquelas consideradas complementares – para correção das deficiências apontadas em auditorias do Mapa realizadas em 2011 e no início de 2012.

No documento, as autoridades estaduais também garantem o cumprimento das condições exigidas para o avanço dos trabalhos. O objetivo é alcançar os resultados mínimos satisfatórios para itens considerados imprescindíveis e melhorar os demais critérios (classificados como importantes ou necessários) sem retrocesso nos 27 pontos avaliados pelo Ministério.

A próxima etapa prevista dentro do cronograma definido pelo DSA será a realização do inquérito soroepidemiológico nos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco e Piauí. Na próxima semana, uma reunião preparatória com os técnicos que participarão dessa atividade será promovida em Brasília.

Paraíba e Rio Grande do Norte, que não atenderam à expectativa mínima esperada, terão restrições para transitar com seus animais susceptíveis à febre aftosa e produtos aos demais estados. A restrição é válida até que esses dois estados sejam incluídos na lista conforme os resultados das auditorias seguintes.

Somados, os convênios plurianuais estabelecidos pelo Mapa com os estados (exceto Piauí e Rio Grande do Norte) atingem cerca de R$ 100 milhões. O principal objetivo é permitir que a região seja reconhecida nacionalmente como livre de febre aftosa com vacinação ainda este ano, o que dependerá da implementação das melhorias recomendadas e dos resultados da investigação soroepidemiológica.

“Precisamos ter certeza de que não há circulação de vírus na região e que os estados contam com uma estrutura mínima para manter o status alcançado. Queremos que o bloco avance como um todo para que possamos apresentar um pleito único, de toda a região, junto à Organização Mundial de Saúde Animal”, declara o diretor do DSA, Guilherme Marques

Burger king Lança hamburguer de carne de cordeiro.

Os anúncios do Burger King Lamb Flatbread Burger trazem as palavras “1st time ever” (1ª vez), levando à ideia de que essa é a primeira vez que uma importante rede de fast food comercializa hambúrgueres feitos com carne de cordeiro.

O momento do lançamento faz sentido: os hambúrgueres de carne de cordeiro têm sido um alimento básico em cardápios urbanos há vários anos. Por outro lado, o preço da carne de cordeiro tem aumentado ainda mais abruptamente do que o preço da carne bovina nos dois últimos anos, de forma que parece improvável que os hambúrgueres de carne de cordeiro tenham um importante impacto na maioria das redes de fast food do mundo por algum tempo.

fonte: Farmpoint

De 10 a 15 de abril expobahia, segunda etapa do Ranking Nacional da Raça Santa Inês.

A ExpoBahia acontece de 10 a 15 de abril de 2012 no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador e pretende reunir criadores e produtores de caprinos e ovinos dos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Em sua décima edição, a exposição trará mais uma vez A Copa Dente de Leite, uma competição promovida pela Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia – ACCOBA que irá premiar os melhores animais com idade de até 12 meses. A Copa Dente de Leite distribuirá 15 mil reais de premiação em dinheiro para os expositores associados à ACCOBA.

A ExpoBahia será a segunda exposição do Ranking Nacional da Raça Santa Inês promovido pela ABSI, sendo a primeira do calendário de 2012 no Nordeste .

Maiores informações sobre a  ExpoBahia você acompanha aqui no portal da ABSI ou acessando www.accoba.com.br

MT GANHARÁ MAIS UM FRIGORÍFICO PARA ABATE DE CAPRINOS E OVINOS.

Criadores de caprinos e ovinos de Cuiabá e cidades próximas podem ser favorecidos com a inauguração de um frigorífico específico para abate desses animais na Capital matogrossense. Em todo Estado, existe atualmente apenas duas plantas frigoríficas habilitadas para realizar o processamento desses animais, sendo uma localizada em Alta Floresta e outra em Rondonópolis, conforme informações da Associação Mato-grossense dos Criadores de Ovinos (Ovinomat).

Diretor tesoureiro da entidade, Antônio Carlos Carvalho, comenta que foi constituída uma cooperativa, integrando 27 criadores da Baixada Cuiabana, com o objetivo de inaugurar um frigorífico de abate de ovinos e caprinos em Cuiabá. Escolha foi motivada pela proximidade com os consumidores, já que a Capital agrega maior quantidade de supermercados e restaurantes.

Inauguração da planta frigorífica contribuirá para aumentar o consumo interno da carne produzida no próprio Estado, reduzindo a importação do produto de outras regiões do país e baixando o custo do alimento ao consumidor final. “Hoje, 80% da carne ofertada nos supermercados daqui é trazida de outros estados”. Rebanho estadual de ovinos e caprinos é constituído por uma média de 1 milhão de animais, espalhados em 3 mil propriedades.

Em Mato Grosso, a ovinocultura tem predominado nas pequenas propriedades, mas, segundo Carvalho, é uma alternativa viável para aquelas maiores, associando a atividade à pecuária e agricultura. Responsável pelo acompanhamento do rebanho mantido na Estância Celeiros, em Rondonópolis o médico veterinário Guilherme Machado comenta que o consumo da carne de cordeiro tem se mantido estável, registrando variação sazonal no final do ano. “Encaminhamos para abate cerca de 500 animais por mês”. Esse número é abatido no frigorífico Rondonópolis, sendo comercializado em seguida nos açougues e supermercados da região.

fonte: A Gazeta

EMBRAPA MAPEIA AS PRINCIPAIS DOENÇAS DE CAPRINOS E OVINOS NO BRASIL

Está em fase avançada os estudos realizados por pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos em nove estados do Brasil para identificar o nível de infecção dos rebanhos de pequenos ruminantes pelas nove principais doenças que afetam caprinos e ovinos.

O trabalho de campo foi concluído no Nordeste e estão sendo coletadas amostras nos três estados de outras regiões do país. A pesquisa, iniciada em janeiro de 2009, resultará na caracterização do perfil zoossanitário da caprinocultura e da ovinocultura tropical por território.

Três das doenças são contempladas pelo Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA): Artrite Encefalite Caprina (CAE), Maedi-Visna (MVV) e Brucelose Ovina. O resultado da pesquisa envolvendo esse grupo irá subsidiar o estabelecimento do programa e orientar políticas públicas e privadas para o controle das enfermidades.

As outras seis doenças impactam negativamente a produtividade dos rebanhos, daí a importância do diagnóstico. Trata-se de Linfadenite Caseosa, Clamidofilose, Neosporose, Toxoplasmose, Língua Azul e Leptospirose. Para prevenir as doenças, é necessário aplicar as técnicas de manejo sanitário de pequenos ruminantes.

A Embrapa oferece tais instruções em documento disponibilizado no link: http://www.cnpc.embrapa.br/admin/pdf/03155000120122.doc77.pdf

Os estados que participam das análises são os que possuem maior representatividade na caprinocultura e na ovinocultura tropical. Seis estão na região Nordeste (Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Bahia), um estado é da região Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul) e dois do Sudeste do Brasil (Minas Gerais e Rio de Janeiro). Para mapear os outros estados da federação, os pesquisadores preveem um novo projeto.

A atuação em cada estado consiste na coleta de amostras de sangue em várias propriedades para o diagnóstico das doenças de caprinos e ovinos e na aplicação de questionário aos produtores, contemplando os temas nutrição, reprodução, sanidade e manejo geral. Relacionando os diagnósticos clínicos e os questionários, a pesquisa identificará os fatores de risco e o impacto econômico das enfermidades.

A Embrapa tem como parceiros no projeto universidades, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e institutos estaduais de extensão rural. Quatro trabalhos de mestrado e doutorado já foram produzidos a partir da pesquisa e as informações foram apresentadas em oito eventos científicos.

As informações são da Embrapa Caprinos e Ovinos, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.

Representantes da ovinocaprinocultura debatem a cadeia

A qualificação de mão de obra é apontada como dos fatores que atrapalham o crescimento da cadeia produtivo de Ovinos e Caprinos de Mato Grosso. De acordo com a produtora de Ovinos de Rondonópolis, Fernanda de Oliveira Campos, a falta de profissionais qualificados gera entre os produtores uma disputa acirrada por aqueles trabalhadores que têm algum conhecimento. “Hoje se você encontrar um profissional que sabe lidar com ovinos tem que tratar bem e não pode largar dele”, brinca.

A produtora participou na manhã dessa segunda-feira (19.03) do primeiro dia do Workshop das Cadeias Produtivas, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), na sede da instituição, em Cuiabá. “Esse encontro está sendo muito positivo, pois poderemos avaliar o que é preciso para melhorar a capacitação dos trabalhadores que irão atuar na nossa propriedade”, pontuou a produtora.

Além da rondopolitana, outras 60 pessoas que representam instituições ligadas às cadeias produtivas de ovinocultura e caprinocultura, como universidades, Embrapa, Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar de Mato Grosso (Sedraf), participaram do encontro. “Nós pretendemos identificar e antecipar tendências e demandas por capacitação profissional rural para atender o mercado de trabalho agropecuário do Estado de Mato Grosso”, explicou o superintendente do Senar-MT, Tiago Mattosinho, ao falar sobre o objetivo do workshop.

O facilitador do workshop, professor PhD em Administração Rural, Altair Dias de Moreira, da Universidade Federal de Viçosa (FGV), de Minas Gerais, explica que o evento é uma sessão consultiva com os especialistas de cada cadeia. “Queremos saber dos cursos oferecidos pelo Senar-MT quais devem continuar, quais devem mudar, quais permanecem inalterados e quais são desnecessários, devido a mudança de tecnologia ou outro fator”, aponta.

Cadeia produtiva de ovinocultura e caprinocultura – Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a ovinocaprinocultura é uma atividade extremamente viável ao produtor mato-grossense, que investiu durante 10 anos em pesquisas de melhoria genética. Por este motivo, hoje não é mais preciso importar material genético das raças Dorper e Santa Inês no Estado.

O rebanho é de aproximadamente um milhão de cabeças e a expectativa é de que até 2015 esse número aumente em 400%, chegando a cinco milhões de cabeças, suprindo a demanda interna pelos produtos derivados do segmento. O crescimento no rebanho é oportunidade para geração de emprego e renda no Estado. Atualmente a produção de ovinos e caprinos está espalhada pelos municípios do Vale do Guaporé, em Cáceres, Alta Floresta, Colíder, Vale do Araguaia e na Baixada Cuiabana.

fonte: CNA