VÍRUS DA FEBRE AFTOSA NÃO CIRCULA MAIS NO PIAUÍ, DIZ DIRETOR GERAL DA ADAPI

O diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), José Antônio, afirmou que exames feitos pela fiscalização do Ministério da Agricultura, nessa quinta-feira (28), demonstraram que o vírus da febre aftosa não existe no estado. De acordo com a Adapi, esse laudo é a etapa mais importante no processo para que o Piauí receba a certificação de área livre da aftosa.

Atualmente, o Piauí possui um rebanho de aproximadamente 1,7 milhão de cabeças de gado divididas em 64 mil propriedades rurais. Segundo José Antônio, o estado ainda não recebeu o certificado de área livre, mas a expectativa é de que o processo seja concluído até junho deste ano.

É realizada a segunda etapa de vacinação aftosa (Foto: Luzimar Bessa/Sepror)Piauí possui rebanho de aproximadamente 1,7 milhão de cabeças de gado (Foto: Luzimar Bessa)

“O resultado desse exame comprova a não circulação do vírus da aftosa no estado. O que quer dizer que estamos caminhando para que o Piauí fique livre dessa doença. Acreditamos que o Ministério deve emitir o certificado até o mês de junho, mas, mesmo assim, as campanhas de vacinação continuam”, declarou o diretor geral.

Ainda conforme José Antônio, cerca de 90% do gado piauiense foi vacinado com o laudo constatando a erradicação da circulação do vírus.

“Agora, a fiscalização das barreiras sanitárias é um trabalho fundamental para a manutenção da conquista. A obtenção do certificado de área livre da aftosa representa para o Piauí um grande avanço na comercialização dos rebanhos do estado, que poderá ser comercializado para todo o Brasil e com equiparação de preços com outros estados”, explica José Antônio.

Ministro incentiva vacinação no Nordeste e visita áreas afetadas pela seca.

Engajado em demonstrar a importância de se vacinar o rebanho de bovinos e búfalos do Brasil, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, participou da abertura da primeira etapa da campanha em Pernambuco e no Ceará nesta sexta-feira, 1º de junho. Nos dois estados – assim como Alagoas, Maranhão, Pará (parte centro-norte) e Piauí – a vacinação foi transferida de maio para junho em razão das seis unidades estarem participando do inquérito soroepidemiológico para avaliar se há ou não circulação do vírus da febre aftosa na área.

A agenda do ministro começou com a solenidade de lançamento da vacinação no município de Venturosa, no agreste pernambucano. Reunido com produtores e autoridades, Mendes Ribeiro destacou a importância do empenho de todos na imunização e verificou os prejuízos que a estiagem vem provocando na região. Para amenizar a falta de alimentação enfrentada pelos animais, foi anunciada a venda de milho ao produtor, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Estima-se a redução do rebanho em 30% por causa da retirada dos animais para outros estados em razão da seca.

Ele também assinou um convênio de defesa sanitária vegetal de R$ 5,6 milhões, realizou a entrega do Cartão do Produtor – que permitirá a emissão da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) pelo próprio pecuarista – e fez a entrega simbólica de 33 veículos para a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro).

“Estamos tendo avanços significativos e essa mudança de status possibilitará superar a crise provocada pela seca. Isso vai atrair empresas, gerar empregos e até permitir a exportação de carne”, destaca Mendes Ribeiro.

À tarde, o ministro acompanhou a abertura da campanha no Ceará. Ele participou de uma cerimônia no Parque de Exposição João Passos Dias, no município de Sobral, e também aplicou a vacina em um animal. Na conversa com autoridades, produtores e representantes do setor agropecuário, ele reforçou a importância do envolvimento de todos no processo de imunização e garantiu que não faltará apoio do governo federal para que os estados sejam reconhecidos como livres de aftosa com vacinação em breve.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que 158,8 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira fase em todo o Brasil e que o índice de cobertura vacinal alcançado na mesma etapa em 2011 (97,4%) seja superado.

Em Pernambuco, 2,4 milhões de bovinos e bubalinos estarão envolvidos nessa fase. O rebanho cearense que será vacinado é de, aproximadamente, 2,6 milhões de bovídeos. Ambos apresentaram índice médio de cobertura vacinal de 94,7% e de 92,2% em 2011.

Os cuidados necessários para uma adequada imunização do gado são: vacinar dentro do período estabelecido; adquirir vacinas em revendas autorizadas; conservar em temperatura correta (de 2 a 8°C) até o momento da aplicação; aplicar a dose certa (5 ml) na região da tábua do pescoço com agulhas e seringas em bom estado e limpas e manejar os animais com o mínimo de estresse e nos horários mais frescos do dia.

Após o término da vacinação, os pecuaristas têm até o dia 15 de julho para entregar a declaração nas Unidades Veterinárias Locais (UVLs) ou nos Escritórios de Atendimento à Comunidade (EACs) dos seus estados. Os produtores que não cumprirem com as suas obrigações serão impedidos de movimentar seus animais até regularizar a situação, terão a vacinação acompanhada e serão autuados.

Fonte: MAPA

Estados assinam termo por avanço da área livre de aftosa.

Cinco estados do Nordeste e o Pará já estão incluídos na próxima fase do cronograma. Paraíba e Rio Grande do Norte precisarão passar por novas avaliações
Um termo de compromisso – proposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – foi assinado por representantes de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte para garantir o prosseguimento do projeto de ampliação da zona livre de febre aftosa do Brasil.

O acordo foi firmado nesta terça-feira, 27 de março, durante uma reunião entre integrantes do Departamento de Saúde Animal (DSA), secretários de Agricultura estaduais e membros de agências de defesa agropecuária, em Brasília. Nele, os Secretários da Agricultura dos estados se comprometem a executar integralmente as medidas acertadas nos Planos de Ação – e aquelas consideradas complementares – para correção das deficiências apontadas em auditorias do Mapa realizadas em 2011 e no início de 2012.

No documento, as autoridades estaduais também garantem o cumprimento das condições exigidas para o avanço dos trabalhos. O objetivo é alcançar os resultados mínimos satisfatórios para itens considerados imprescindíveis e melhorar os demais critérios (classificados como importantes ou necessários) sem retrocesso nos 27 pontos avaliados pelo Ministério.

A próxima etapa prevista dentro do cronograma definido pelo DSA será a realização do inquérito soroepidemiológico nos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco e Piauí. Na próxima semana, uma reunião preparatória com os técnicos que participarão dessa atividade será promovida em Brasília.

Paraíba e Rio Grande do Norte, que não atenderam à expectativa mínima esperada, terão restrições para transitar com seus animais susceptíveis à febre aftosa e produtos aos demais estados. A restrição é válida até que esses dois estados sejam incluídos na lista conforme os resultados das auditorias seguintes.

Somados, os convênios plurianuais estabelecidos pelo Mapa com os estados (exceto Piauí e Rio Grande do Norte) atingem cerca de R$ 100 milhões. O principal objetivo é permitir que a região seja reconhecida nacionalmente como livre de febre aftosa com vacinação ainda este ano, o que dependerá da implementação das melhorias recomendadas e dos resultados da investigação soroepidemiológica.

“Precisamos ter certeza de que não há circulação de vírus na região e que os estados contam com uma estrutura mínima para manter o status alcançado. Queremos que o bloco avance como um todo para que possamos apresentar um pleito único, de toda a região, junto à Organização Mundial de Saúde Animal”, declara o diretor do DSA, Guilherme Marques