ARCO fará repasses financeiros às associações de raças

Medida foi aprovada em reunião de diretoria

Membros da diretoria da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), reuniram-se na sede da entidade, em  Bagé (RS). Entre os vários assuntos da pauta o mais importante e o de maior relevância ficou por conta do repasse anual que a ARCO fará às Associações Promocionais de Raças. O primeiro repasse, de 100 mil reais será já no mês de outubro e a partir de 2014 o mesmo será feito no mês de junho, tendo como base os dados do ano anterior.

 

A iniciativa tem como critério base o estudo feito pelo setor de registro genealógico da entidade, levando em conta o faturamento em serviços e manutenção do arquivo zootécnico de cada raça no ano de 2012, do total de 100 mil cada uma receberá  conforme planilha abaixo e só será feito àquelas que estiverem com documentação regulamentar dentro da ARCO.

RAÇA / PERCENTUAL

merino australiano – 1,6

ideal – 4,24

corriedale – 5,89

rommey marsh – 0,55

hampshire down – 1,94

texel – 11,31

ile de france – 4,42

suffolk – 3,32

karakul – 0,19

lacaune – 0,45

Santa Inês – 34,92

morada nova – 0,94

bergamacia brasileira – 0,24

somalis brasileira – 0,69

rabo largo – 0,13

border leicester – 0,1

poll dorset – 0,93

polypay – 0,03

cariri – 0,21

dorper – 22,76

crioula – 0,74

samm – 0,02

white dorper – 4,29

east friesian – 0,05

dohne merino – 0,04

white suffolk – 0,01

 

 

Segundo o presidente da ARCO, Paulo Afonso Schwab, “a iniciativa é para auxiliar às promocionais no seu trabalho profícuo de divulgação das potencialidades e qualidades de cada raça e será um investimento justo que nossa entidade fará a cada uma delas”.

Entre outros assuntos da pauta da reunião foram discutidos os descontos dados aos associados do Nordeste, em função dos eventos climáticos ocorridos na região, que serão revistos no ano de 2014. Os importantes convênios assinados entre a ARCO e o Governo do RS, através da Secretaria de Agricultura, dos quais serão repassados para a entidade o total de 1,13 milhão de reais, que serão geridos para os seguintes programas:

Programa de Melhoramento Genético das Raças de Lã, Projeto Merino Fino, Projeto Esquila Tally-Hi, Projeto Cordeiro Gaúcho e Projeto de Melhoramento Genético dos Reprodutores das Raças de Lã.

Para a eficiente implantação dos projetos acima, a ARCO passa por reforma na sua estrutura física.

Além dos assuntos acima, a diretoria deliberou sobre seus encontros, que passam, agora a serem mensais.

“Estamos trabalhando com foco no nosso desenvolvimento e no crescimento da ovinocultura nacional e nossos encontros e debates são grande fonte de troca de experiências e novas ideias”, diz Schwab.

CURSO DE JURADOS AUXILIARES

 

CURSO DE FORMAÇÃO PARA JURADOS AUXILIARES DA RAÇA SANTA INÊS.

 

O curso de formação para jurados auxiliares da Raça Santa Inês é uma realização da Associação Brasileira de Santa Inês, Colegiado de Jurados da Raça Santa Inês e homologado pela Associação Brasileira de Criadores de Ovinos A.R.C.O.

O curso acontecerá nos dias 15, 16, 17 e 18 de Agosto de 2013 em Salvador Bahia.

O objetivo será a qualificação de profissionais em jurados auxiliares da raça Santa Inês. Poderão participar do curso, profissionais com nível superior, em Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária e Zootecnia.

O curso terá a carga horária de 40 horas e será ministrado pelos Jurados Joselito Araujo Barbosa e Felipe Adelino de Lima, e possui vagas limitadas!

Para Profissionais que desejam se tornar jurado auxiliar o custo é de R$ 500,00, para pagamento até 28 de junho ou enquanto durar as vagas, após esta data o valor será de R$ 678,00.

Para aqueles que desejam fazer o curso como ouvinte o custo será de R$ 250,00 até o dia 10 de julho, nesta condição poderá fazer o curso criadores, estudantes e demais interessados

Programação:

  • ABSI e CJRSI, estrutura e objetivos;
  • Raça Santa Inês – Evolução e Padrão Racial
  • Os novos paradigmas de um jurado
  • Comunicação e Ética do jurado;
  • Métodos e critérios e julgamento;
  • Teoria do Julgamento comparativo;
  • Dinâmica de Julgamento;
  • Sistema de Avaliação R.A.D.A.R.
  • Avaliação teórica;
  • Praticas de Julgamento;
  • Avaliação Pratica.

Para inscrição:

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!!!

 

 

AL: técnicos apresentam resultados do Programa Alagoas Mais Ovinos

Técnicos dos municípios que prestam assistência a produtores familiares do Programa Alagoas Mais Ovinos se reuniram com a coordenadora Aline Melo, o gestor Luciano Barros, que é superintendente de Agricultura Familiar, e a empresa de consultoria Falconi, que trabalha com gestão de resultados junto à Seagri, para apresentar os resultados do programa.

Durante o encontro, houve uma explanação dos números referentes ao rebanho, das famílias atendidas, avaliando as metas alcançadas e as próximas a serem atingidas. Dados apresentados pelos técnicos mostram que os municípios registraram aumento do rebanho, entregue inicialmente pelo programa, como também comercialização de animais, gerando renda para as famílias que vivem no campo.

Buscando detalhar cada índice de maneira mais clara e específica, a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) está financiando a aquisição de um sistema de monitoramento de resultados, que auxiliará os técnicos no registro de dados e ampliará o número de informações da base de dados do programa.

“Com a implantação do sistema de monitoramento, acontecendo em breve, nós conseguiremos avançar cada vez mais com o programa. Estamos numa fase de estruturar as informações, registrar os resultados, isso é extremamente importante, pois sabemos quanto o programa ajuda o pequeno produtor, principalmente em um período difícil como este de seca”, explicou o superintendente e gestor Luciano Barros.

Os resultados apresentados durante a reunião foram positivos e as ações continuam com entregas de novos animais, como aconteceu nos municípios de Palestina e Pão de Açúcar, no mês de março.

As informações são do Governo de Alagoas, adaptadas pela Equipe FarmPoint.

CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA JURADOS 2013.

CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA JURADOS 2013.

O Curso de Atualização de Jurados é voltado aos profissionais que já atuam como Jurados, nas classes efetivo e master, junto ao Colegiado de Jurados da Raça Santa Inês (CJRSI). O curso tem caráter obrigatório para a permanência dos jurados no quadro do referido Colegiado e será realizado pela Associação Brasileira de Santa Inês.

O curso terá o custo de R$250,00 e será ministrado por Domingos Ribeiro que será o coordenador do curso juntamente com Felipe Adelino Lima e Rodrigo Orzil Viana. A ABSI oferecerá aos participantes hospedagens nas instalações da EBDA em Salvador, as acomodações são possuem ar condicionado e comporta até 04 pessoas por quarto. Será oferecida também a alimentação durante período do curso, as inscrições podem ser realizadas impreterivelmente até 15 março de 2013.

Abaixo o Jurado deve baixar a ficha de inscrição preenche-la e encaminha-la para o e-mail: contato@absantaines.com.br, você receberá o seu boleto de inscrição para pagamento em até 03 dias úteis no e-mail fornecido.

FICHA DE INSCRIÇÃO

Público: jurados das classes efetivo e master do CJRSI.

Data: 13 a 16 abril de 2013.

Valor da Inscrição: R$ 250,00 ( Duzentos e cinqüenta reais).

Local: Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador.

Carga Horária: 40 horas.

Parte teórica

  • Código de ética do expositor;
  • Código de ética do jurado;
  • Padrão Racial da Raça Santa Inês;
  • Linha de Julgamento;
  • Regulamento da Raça.

Parte prática

  • Julgamento, avaliação e comentários;

 

INSTRUTUTORES:

 

  • DOMINGOS – CORDENADOR GERAL
  • RODRIGO ORZIL VIANA
  • FELIPE ADELINO LIMA

COLORABORES:

  • JOSELITO BARBOSA – PRESIDENTE DO COLEGIO DE JURADOS DA RAÇA SANTA INÊS – CJRSI
  • ANDERSON PEDREIRA – ABSI.

 

Atenciosamente,

 

Associação Brasileira de Santa Inês – ABSI

TENDÊNCIA DE MERCADO PARA OVINOCULTURA SÃO DISCUTIDAS NA SECOB.

Nesta quarta-feira (5), segundo dia da VIII Semana da Caprinocultura e da Ovinocultura Brasileiras (SECOB), os participantes puderam discutir tendências de mercado para os produtos da caprinocultura e ovinocultura. O debate, realizado no Auditório Central da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE), foi iniciado pelo professor Paulo Niederle, do Departamento de Economia Rural e Extensão da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com sua palestra sobre a construção social de mercados para a pecuária familiar no Brasil. Ele apontou mudanças em padrões de consumo que podem favorecer produtos antes só comercializados em mercados muito específicos, como os orgânicos, tradicionais e os de indicação geográfica.

De acordo com Niederle, as noções dos consumidores sobre a qualidade dos produtos tendem a acrescentar variáveis como a preocupação com saúde e sustentabilidade, a justiça social no processo produtivo, a tradição e origem dos produtos. “Os produtos orgânicos e agroecológicos tinham, no início, mercados locais, feiras específicas, mas hoje estão sendo incorporados por grandes redes varejistas que, atualmente, já se tornaram os maiores vendedores deste tipo de produto no Brasil”, exemplificou o professor.

Na avaliação dele, produtos como os derivados do leite caprino e ovino e da carne desses animais têm potencial para inserção nestes novos mercados, desde que os arranjos produtivos favoreçam a agregação de valor e divulgação destes produtos. Ele tomou como exemplo o caso de marca coletiva do território de Alto do Camaquã (RS), onde a atuação conjunta da Embrapa, associações de produtores, Emater, governo estadual e universidades trouxe resultados como a “cesta” que inclui produtos e serviços, como carne de cordeiro, artesanato local e roteiros turísticos.


Após a palestra, o espaço foi aberto para mesa redonda com os participantes do evento e também com dois convidados que deram sua contribuição via videoconferência: os empresários do ramo de produção de leite de cabra Maria Pia Paiva (Capril Sanri) e Paulo Cordeiro (Caprilat). Maria Pia apontou que ainda há necessidade de informação sobre as preferências do consumidor do leite caprino e seus derivados a serem supridas. “Será que estamos fazendo os produtos que o consumidor prefere? Ainda não conhecemos bem nosso mercado, o que querem os compradores”, ponderou ela.

Paulo Cordeiro afirmou que a cadeia produtiva deve se preocupar com uma melhor divulgação dos derivados do leite de cabra e seus benefícios. O empresário cobrou também uma legislação específica referente à qualidade do leite caprino e a preocupação com a inserção de novos produtos no mercado nacional, como forma de ampliar as possibilidades de oferta. A mesa redonda do segundo dia contou ainda com participações de representantes de órgãos governamentais, laticínios, produtores rurais e empresas privadas.


Adilson Nóbrega
Embrapa Caprinos e Ovinos

Produção acreana foi destaque na Expoacre 2012

O excelente resultado do agronegócio na Expoacre 2012 contribuiu para que as metas propostas para o volume de negócios neste ano fosse alcançada. Os números mostram a potencialidade do evento que tem se consolidado e mantem a tradição de superar os anos anteriores. E neste ano não foi diferente, foram movimentados durante os nove dias de feira R$ 131 milhões. Dentro deste volume de negócios fechados, os leilões e os produtos agropecuários somaram R$ 27 milhões.

“O balanço é muito positivo. Mais uma vez a Expoacre mostrou sua força, sendo favorável para o setor agropecuário. Com destaque para a pecuária de corte, o leilão foi um sucesso. E desta vez foi transmitido ao vivo para o interior do Estado, o que possibilitou a participação dos produtores. As casas agropecuárias também fecharam bons negócios”, destacou o secretário de Produção, Lourival Marques.

Os programas destinados ao fomento da agricultura familiar que estão em curso pelo Governo do Estado também foram destaque durante a Expoacre. Os produtores rurais participaram ativamente da Feira, trazendo animais para exposição. Os visitantes puderam conhecer um pouco do trabalho desenvolvido em várias propriedades rurais do Estado, como a ovinocultura, suinocultura, piscicultura, dentre outros.

Na ovinocultura, por exemplo, a Seaprof deu início ao programa de incentivo, que já beneficiou 330 produtores, com a entrega de 3.290 animais. A meta é de que os selecionados, por meio de busca ativa ou através das associações de produtores, recebam oito mil animais. Já está em andamento o projeto da segunda etapa do programa de ovinocultura, que vai oferecer mais 12 mil ovelhas, beneficiando 1.500 famílias.

Os irmãos Falqueto do município de Plácido de Castro fizeram parte do grupo de expositores da Expoacre. Eles venderam todos os animais que levaram para o evento. “Criar ovelhas é oportunidade de mais uma renda. Tínhamos toda a estrutura”, explica José Carlos Armini Falqueto.

E como o objetivo era o de mostrar a produção do Estado, a piscicultura não poderia ficar de fora do conjunto de informações que estavam sendo repassadas à população. No local que chamou a atenção dos visitantes foram expostos vários tipos de peixes. O espaço institucional serviu para divulgar detalhes de um dos programas de maior alcance na área de produção. O projeto que já beneficiou diretamente mais de mil produtores, com a escavação de 1.500 tanques em diversos municípios do Estado. Até o final deste ano serão incluídos mais 500 tanques, sendo que a meta é de seis mil até 2014.

O Programa de Piscicultura tem a proposta de fomentar a atividade, de forma com que o Acre se torne referência na criação de peixes. E uma das principais metas é a implantação do Complexo Industrial de Piscicultura, em Rio Branco. Ivan Barbosa, é um dos sócios da Peixes da Amazônia S/A e expôs na Expoacre. Com experiência de vários anos na criação de peixes, ele trabalha com 80 hectares de água e tem projeto para expandir a criação para 200 hectares de lâmina d’água. “Temos estrutura para tocar nosso negócio. Este programa beneficia os grandes produtores de forma indireta e a criação do Complexo irá potencializar as atividades. Temos a meta de expandir nossa produção e alcançar o mercado internacional”, destacou o produtor.

Apoio ao setor produtivo

Durante a Expoacre o governador Tião Viana participou da solenidade de assinatura de contrato de créditos rural e empresarial entre o Banco do Brasil e produtores rurais e empresários. O Banco da Amazônia também foi responsável pela liberação de crédito para fomentar a produção rural no Estado.

Através do Plano Safra, lançado pelo governo federal, foram disponibilizados R$ 18 bilhões ao setor, os recursos devem ser destinados à investimentos e custeio para a agricultura familiar. Cabe ao governo estadual aperfeiçoar as politicas públicas com foco na organização econômica e na sustentabilidade.

“As operações de custeio e investimento do Pronaf do Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013 amplia a capacidade de investimento e fortalece a agricultura familiar. A presença das instituições bancárias na Expoacre aproxima as instituições dos produtores rurais”, comentou o secretário Marques.

Estímulo à produção familiar e a preservação do meio ambiente

O programa de Melinocultura e Apicultura do Acre foi lançado durante a realização da Expoacre 2012. A proposta é consolidar mais um grande investimento no setor de produção familiar. Serão investidos R$ 6 milhões, beneficiando 5 mil produtores que terão mais uma alternativa de renda, a estimativa é de que eles possam incorporar R$ 800 por mês.

A ação é compartilhada entre a Seaprof, a Secretaria de Pequenos Negócios e a Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens). O programa já está em andamento e a proposta é atingir todo o Acre tendo como prioridade as famílias que vivem na zona rural, em áreas isoladas, famílias ribeirinhas, que vivem em parques ambientais e áreas de reservas.

O governador Tião Viana observou que este é um trabalho que enriquece a vida no campo. O programa torna-se mais uma fonte de renda para as famílias da zona rural. Tião declarou que a criação de abelhas gera uma oportunidade diferente por não degradar o meio ambiente e por fazer com que as abelhas contribuam com a diversidade na floresta.

Investindo na produção

O presidente da Federação da Agricultura, Assuero Veronez, declarou que o ato que marcou o lançamento deste programa revela a importância que o Governo do Estado tem dado ao setor de produção.

“Tudo que puder ser feito é válido. Essa vontade que o governador Tião Viana tem de apoiar a produção é inédita na história do Acre e espero que nós tenhamos muito sucesso com os resultados destes investimentos no setor”, comentou Veronez.

Adaptada pela Equipe Capril Virtual com informações Agência de Notícias do Acre

EUA planejam comprar US$ 170 milhões em carnes para ajudar produtores.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve anunciar nesta semana um plano de ajuda a produtores rurais que prevê a compra de até US$ 170 milhões em carnes suína, ovina, de frango e de peixes, conforme reportagem publicada pelo Wall Street Journal. Segundo um representante da Casa Branca, o objetivo é atenuar os prejuízos causados pela forte seca no país.

Os produtos, que serão comprados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), serão repassados a programas de assistência alimentar. O governo desembolsará US$ 100 milhões com derivados de carne suína, US$ 50 milhões com frango e US$ 10 milhões tanto com produtos de carne ovina e peixes. “Os produtores terão a oportunidade de aumentar as vendas de seus produtos neste momento difícil e os preços aos consumidores serão mais acessíveis”, disse a autoridade.

Obama está em visita ao Estado de Iowa, onde aproveitou para fazer, no último sábado, um novo apelo ao Congresso para a aprovação de uma nova lei agrícola (Farm Bill), em razão da mais intensa seca cinco décadas nos Estados Unidos.

As informações são da Dow Jones, publicadas na Agência Estado, adaptadas pela Equipe FarmPoint.

Demanda por ovino e caprino não é atendida

O Ceará vive expansão no setor produtivo de caprinovinocultura, mas ainda é tímida em relação à procura por derivados, carne e leite, de ovinos e caprinos. A oferta está longe de atender à demanda regional. “O setor é crescente, expande-se a uma média anual de 10%, mas o que produzimos não atende a necessidade do mercado consumidor”, observa o coordenador do segmento de caprinovinocultura e presidente da Associação dos Criadores de Caprinos de Leite (Caprileite), Daniel Pimentel. “Estamos na época da informação e o evento vai proporcionar momentos de aprendizagem para usos de novas tecnologias de criação”, emenda.

O mercado é amplamente favorável, asseguram os especialistas no setor de criação de ovinos e caprinos. “Tudo o que se produz no Ceará é vendido”, observa Pimentel. “Na verdade, estamos atrás de produtores e em particular de leite de cabra”. A produção leiteira é muito insuficiente para atender à demanda que vem se ampliando com a aquisição do produto por programas de compras governamentais.

No Ceará, segundo avaliação de Pimentel, ocorreu o contrário do que se verifica em geral na atividade econômica. “Primeiro, criamos o mercado consumidor e, agora, estamos atrás do produtor”, destaca. No município de Umirim, uma unidade produtora foi instalada com o objetivo de manter uma criação de 50 mil cabeças e já chegou a 14 mil animais. “Precisamos dar uma alavancada”, alerta Daniel Pimentel, que também é criador no Município de Horizonte.

Em decorrência da melhoria genética e de alimentação adequada, além dos cuidados de sanidade, um cordeiro atinge o peso de 36 quilos em 120 dias, o ideal para o abate. “Houve um aumento no consumo de carne de ovinos e a tendência do mercado é de manter essa expansão”, frisa Pimentel.

Os caprinos e ovinos são animais resistentes e têm adaptação ao clima do sertão nordestino. Entretanto, neste ano de seca, muitos criadores enfrentam dificuldades e estão vendendo parte do rebanho por preço reduzido. “Isso demonstra a falta de reserva de alimentação com base em proteína e silagem”, avalia. “Precisamos incentivar a criação de reserva estratégica de silagem nas unidades produtoras”.

A ovinocultura e a caprinocultura são atividades tradicionais no Nordeste, região que concentra 57% dos ovinos e 91% dos caprinos do Brasil. A baixa adoção de tecnologia, aliada à pouca ou nenhuma organização dos produtores tem perpetuado o setor como atividade de subsistência, sem maiores chances de se tornar opção de renda ou de negócio. Ao mesmo tempo, existe uma demanda pela carne ovina no Interior e maior ainda nas cidades turísticas litorâneas.

Informações da ANCO  editadas pela equipe da nildão comunicação.

Alta no preço da carne de cordeiro causa aumento no rebanho de ovinos

O preço da carne de cordeiro agrada os criadores paulistas. São Paulo responde por menos de 3% da produção nacional, mas tem um bom mercado. Por isso, o rebanho de ovinos está crescendo no estado.

A criadora Sônia Martin, que começou a trabalhar na atividade há 5 anos, tem 150 matrizes na fazenda em Irapuã, São Paulo e já começou a investir. Ela criou novas áreas de confinamento para o período de seca, construiu um novo galpão para guardar a ração e agora conta com o apoio do Sebrae. O melhoramento genético é outra novidade na propriedade. A criadora usa o cruzamento das raças santa inês e white dorper. A mistura gera boa adaptação ao clima e grande quantidade de carne.

Na fazenda em Nova granada, a área dedicada a ovinocultura também cresceu mais de 30% nos últimos anos. Hoje, são mil cabeças. Até dezembro, a administradora da propriedade pretende comprar 50 novas matrizes.

O aumento na procura pela carne e a elevação dos preços tem atraindo um número cada vez maior de criadores. Do ano passado para cá a arroba da carne de cordeiro subiu mais de 20%. Em junho de 2011, o produto custava R$ 180. Hoje, está em torno de R$ 220. De acordo com o IBGE, nos últimos 10 anos o rebanho de ovinos no estado de São Paulo dobrou de tamanho.

“Esses preços acabam atraindo bastante o produtor. É importante lembrar que os custos são maiores, mas é uma atividade que permite aproveitar áreas”, diz Alexandre Pinto César, presidente da Associação de Criadores de Ovinos no Noroeste Paulista.

Informações editadas pela equipe da ANCO