PRODUTORES DOAM COMMODITIES AGRÍCOLAS PARA PECUARISTAS

Os produtores do Oeste da Bahia estão mobilizados na campanha “SOS Seca”, levantando doações de milho, caroço de algodão e farelo de soja para ajudar os pequenos pecuaristas dos mais de 250 municípios baianos castigados pela longa estiagem. O “SOS Seca” é uma iniciativa do governo do Estado, coordenada pelo Comitê da Seca, visando a doação de alimentos à população atingida pela seca. A Secretaria da Agricultura (Seagri) também participa dessa ação, com o objetivo de sensibilizar os grandes produtores para a doação de matéria prima para a alimentação animal e preservar os rebanhos bovinos, de caprinos e ovinos, ameaçados pela seca.

A mobilização na região Oeste conta com a participação de diversas associações de produtores, como a Aiba e Abapa, e empresas privadas, a exemplo da Agrovale, Bunge, Sementes Passo Ita e Agrosul, dentre outras, além de diversos produtores individuais. O vice-presidente da Associação de Irrigantes e Agricultores da Bahia, Sérgio Pitt, disse que “este é o momento de mostrarmos nossa solidariedade aos colegas pecuaristas”. Ele informou que a meta é alcançar a marca de mil toneladas de milho.

No final da tarde de sexta-feira (6), ao chegar a Barreiras, para participar da exposição agropecuária da cidade (30ª Expo Barreiras), o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, acompanhado por Pitt, pelo secretário de Agricultura do município, Celito Breda, pelo superintendente de Desenvolvimento da Agropecuária da Seagri (SDA), Raimundo Sampaio, pelo diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Emílio Torres, e Júlio Busato, dentre diversos produtores, visitou as instalações da Padim Cereais, onde 350 toneladas de milho já estão ensacadas e prontas para a distribuição. De acordo com Pitt, “estamos finalizando os acertos para o transporte do grão para diversas regiões do Estado”.

Além do milho, os produtores do Oeste vão doar também bagaço hidrolisado e melaço de cana, feno, e toneladas de farelo de soja, e de caroços de algodão, que serão transformados em farelo, além do frete para as cargas. “Estamos felizes em poder ajudar os pequenos pecuaristas dos municípios que sofrem com a seca”, disse Márcio Marques, proprietário da Padim Cereais.

O secretário Eduardo Salles destacou a importância da campanha, destinada a ajudar os pequenos pecuaristas dos municípios que decretaram estado de emergência a preservar as matrizes leiteiras de qualidade e os rebanhos de ovinos e caprinos, que estão nas regiões mais castigadas.

Salles agradeceu ao empresário e aos funcionários da Padim Cereais, que também dedicam parte do tempo para ensacar os produtos que serão utilizados como ração animal. Ele explicou que a campanha soma-se às ações emergenciais e estruturantes que o governo do Estado vem realizando para amenizar os efeitos da estiagem. Salles citou ainda o apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que está viabilizando a venda balcão de milho, com preço subsidiado, e realizando a compra, com doação simultânea, de caprinos e ovinos.

O secretário informou ainda que a Seagri enviou ofícios às diversas entidades de pecuaristas da Bahia solicitando doações, e explicou que quem desejar em participar poderá obter mais informações através do site www.seagri.ba.gov.br. Os empresários que estão sendo solidários neste momento receberão da Seagri uma placa de reconhecimento da responsabilidade social.

Homenagem Um mês depois de ter sido homenageado pelos agricultores do Oeste, durante a Bahia Farm Show, no município de Luis Eduardo Magalhães, o secretário Eduardo Salles foi alvo de novas homenagens, desta vez por parte dos pecuaristas da região. O presidente da Associação dos Criadores do Oeste (Acrioeste), e organizador da 30ª Expo Barreiras, Ricardo Barata, e o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, Antonio Balbino Neto, também diretor da Faeb, entregaram a Salles uma placa, registrando “o reconhecimento e homenagem pelos serviços relevantes prestados à agropecuária baiana.

A 30ª Expo Barreiras, realizada num espaço de mais de 230 mil metros quadrados, no Parque Engenheiro Geraldo Rocha, foi encerrada neste domingo (8), contabilizando a visita de mais de 200 mil pessoas, desde a abertura da feira agropecuária, no dia 1º.

Ricardo Barata disse que entre os leilões realizados e as vendas diretas realizadas pelos criadores, o evento deve fechar com resultados de negócios de mais de R$ 10 milhões.

Além de centenas de caprinos e ovinos, o evento contou com a exposição de 1.200 bovinos e 200 eqüinos, além de coelhos, cães, hamsters, porcos da índia e peixes. A Expo Barreiras teve a participação de 170 expositores, e gerou cerca de 500 empregos diretos e mais de dois mil indiretos.

SEAGRI / Foto: Divulgação

Coccidiose se torna problema para confinadores.

Você já se deparou com um grande surto de diarreia em seu confinamento de cordeiros? Essas diarreias eram fétidas e algumas vezes escuras (com sangue)? E você medicou com antibióticos consagrados, mas que não conseguiram curar o surto? Cuidado, pois seus animais podem estar com Eimeriose.

Também conhecida como Coccidiose (pois seu agente etiológico pertence à ordem Coccidia) a Eimeriose é uma doença parasitária causada pelo protozoário do gênero Eimeria spp., sendo responsável por grandes perdas econômicas decorrentes do baixo desenvolvimento e até morte (raramente) de ovinos e caprinos.

O fato de alguns antibióticos não funcionarem para o tratamento é porque a Eimeria spp não é uma bactéria, mas sim um protozoário (parasita), o qual exige produtos específicos para combatê-lo. De forma geral, o índice de mortalidade geralmente é baixo. Pode ocorrer, no entanto, elevada incidência de óbitos em animais jovens que não tiveram contato prévio com o agente e que foram repentinamente expostos a altas doses ­infestantes.

Para aqueles que se recuperam, a absorção de nutrientes é prejudicada, pois o parasita causa espoliação da mucosa intestinal, transformando-a em epitélio queratinizado (deficiente na absorção dos nutrientes).

A infecção é mais comum em animais jovens (criados em regime de estabulação ou em sistemas de pastejo com alta lotação), podendo ser adquirida logo após o nascimento (com menos de 4 semanas de idade) através de 3 fontes possíveis:
– coccídios que resistiram em fezes velhas, oriundas de cordeiros que ocuparam o local anteriormente;
– coccídios recentes, eliminados frequentemente por animais adultos;
– coccídios recentes, eliminados pelos próprios cordeiros.

Caudas sujas e fezes líquidas são sinais de contaminação.

Animais adultos que apresentaram a doença quando jovens desenvolvem imunidade, entretanto, continuam eliminando oocistos (forma infectante da doença), constituindo uma fonte de infecção permanente.

O sistema de produção utilizado na propriedade é o fator que mais influencia as características da doença. Explorações intensivas e semi-intensivas apresentam maior frequência da enfermidade, pois a forma de contaminação é através da ingestão dos oocistos, os quais são eliminados pelas fezes e ficam presentes nas pastagens, água ou cochos de alimentação. Quanto maior a lotação, então, maior será a concentração de oocistos por área.

Sintomas

Os animais acometidos apresentam os seguintes sintomas:
l depressão;
l pelos secos e arrepiados;
l sensibilidade abdominal;
l febre;
l perda de apetite;
l diarreia usualmente fétida e com sangue, a qual permanece por vários dias (pode durar até 2 semanas);
l emagrecimento ou diminuição do potencial de ganho de peso.

O diagnóstico é baseado nos sintomas, os quais podem ser seguramente confirmados pela contagem de oocistos, através do exame parasitológico de fezes (OPG, ou “Ovos Por Grama”).

Prejuízo

Pesquisas na área de nutrição demonstram que cordeiros Santa Inês em confinamento possuem potencial para ganho de peso na faixa de 250 a 300 g/dia. Dois exemplos são os experimentos de Morais et al. (1999) e Susin et al (2000) onde foram conseguidos ganhos de peso de 297 e 268 g/dia, respectivamente.

Outros dois trabalhos com animais de mesma raça e rebanho foram conduzidos por Rocha et al. (2004) e Turino et al. (2007), sendo que, os resultados foram de 227 e 233 g/dia, respectivamente. Os autores de ambos os trabalhos afirmam que o ganho de utilizados nos experimentos provavelmente seriam maiores se não houvesse ocorrido uma infestação por Eimeria sp (controlada através de intensificação da higienização das instalações e administração de droga coccidiostática), pois este parasita danifica a mucosa intestinal, resultando em uma reduzida absorção de nutrientes.

Pesquisa

Para elucidar o impacto da Eimeriose sobre o desempenho animal, os autores realizaram pesquisa com 60 cordeiros da raça Santa Inês, em confinamento, que foram acometidos por Eimeriose nos primeiros 28 dias. Medicados, melhoraram o desempenho no restante da pesquisa, dos 28 a 56 dias. Estes dados são das pesagens intermediárias do trabalho publicado em 2007 (para a publicação não foram utilizados os dados intermediários).

Logo no início do confinamento (período 1) ocorreu um surto de Eimeriose, provavelmente devido à diminuição da resistência imunológica dos animais, devido ao desmame e também pela não-­desinfecção das instalações do confinamento. Os animais foram medicados e houve grande controle da higiene das instalações deste ponto (final do período 1) até o encerramento do confinamento. Observa-se que os cordeiros apresentaram ganho de peso 49,27% superior e conversão alimentar 20,19% menor (mais eficiente) no período 2 (situação em que os animais estavam com a doença controlada).

Em termos econômicos pode-se concluir que animais que possuem Eimeriose acarretam prejuízos por aumentarem o custo do ganho de um kg de carne (conversão alimentar mais alta do que animais sadios), além de elevar os custos da propriedade com medicação.

Prevenção

A prevenção é feita por meio da adoção de medidas sanitárias, de manejo e pelo uso preventivo de drogas coccidiotásticas. São indispensáveis a limpeza e desinfecção das instalações, comedouros e bebedouros.

Os animais devem ser separados de acordo com a idade e, sempre que possível, evitar grandes concentrações em pequenas áreas por longos períodos. Comedouros e bebedouros devem ser colocados de maneira a não se contaminarem com as fezes. A remoção de fezes e camas deve ser feita com frequência para reduzir a disponibilidade de oocistos no meio ambiente.

O uso de coccidiostáticos na ração dos animais jovens também constitui boa forma de prevenção da enfermidade na fase mais susceptível dos animais.

Você está fazendo um bom controle da coccidiose em sua propriedade? Para ter certeza de que sua prevenção não tem furos, basta acompanhar o “check-list” do quadro, pensando no manejo sanitário e preventivo da propriedade.

Basta confrontar o sistema de produção com as informações ­mencionadas e será possível encontrar onde estão as falhas no controle da enfermidade. Para finalizar é importante lembrar que “Desinfecção” e “Higiene” são as palavras-chave para aumento de lucro e minimização dos custos do controle da doença.

Vicente de França Turino, de Piracicaba (SP); H. Costa – de São Paulo (SP).

Revista O Berro nº157 – Vicente de França Turino e H. Costa

19 a 23 de Setembro Porto Seguro vai sediar primeira exposição especializada em ovinos.

 

CIRCULAR EXPOAGRO PORTO SEGURO 2012.

R$ 15.000,00 (QUINZE MIL) EM PREMIOS

Seguem as informações necessárias para a sua participação na EXPOAGRO PORTO SEGURO 2012, no período de 19 de Setembro de 2012 a 23 de Setembro de 2012.

  • Premiação proporcional à quantidade de animais por raça em pista de julgamento.


1) – DATA DE VENDA DO BOX:

A – A venda dos boxes será realizada pela ACCOBA, sem reservas, a partir do dia 23 de Agosto de 2012.

B – A escolha das baias e stands será efetuada pela ordem de pagamento dos mesmos.

2) – PREÇO BOX:

TIPOS

       CAPACIDADE    

PREÇOS

Baia de Ferro

8 Animais

R$ 50,00

* Os criadores de outros estados terão o privilegio da compra de baias com os mesmos preços de sócios da ACCOBA

*Será cobrado R$ 5,00 por animal inscrito para julgamento.

*Será obrigatória a apresentação do recibo de pagamento dos boxes fornecidos pela ACCOBA, na admissão dos animais no parque.    

*Os participantes associados deverão estar em dia com a ACCOBA.   

* A DATA BASE PARA CÁLCULO DE IDADE SERÁ NO DIA 19 DE SETEMBRO DE 2012.                                    

3) – ESCOLHA BOX:

A partir do dia 23 de Agosto de 2012 por ordem de chegada para compra e pagamento dos boxs. Obs.: Não serão aceitos cheques pré-datados.

4) – JULGAMENTO:

Cada expositor poderá inscrever para julgamento a quantidade de animais determinada, em conforme com os regulamentos da ABSI, ABCC, ABC Dorper, ou seja:                                                                                                                     

*Ovinos Santa Inês, no máximo 20 animais por expositor.                                                          

*Caprinos, máximo 30 animais por expositor, por raça. 

*Ovinos da raça Dorper e White Dorper, 28 animais por expositor, por raça. Conforme regulamento ABC Dorper.

 

 

 

 

5) – DOCUMENTOS EXIGIDOS:

5.1 – Ovinos: Para o animal até 08 meses, será exigido o comunicado de nascimento juntamente com a Inspeção ao pé da mãe ou Carta de Apto (caso não haja registro definitivo). OBS: Não serão admitidos animais inaptos com idade superior a 8 meses.

5.2 – Caprinos: Para os machos até 18 meses, será exigida a apresentação do RGN ou Ficha de Campo. Para os animais acima de 18 meses, será exigido o RGD ou Ficha de Campo. Para as fêmeas até 18 meses, será exigida a apresentação do RGN ou Ficha de Campo.Para os animais acima de 18 meses ,será exigida a apresentação do RGN,com prenhes confirmadas,ou RGD.


6)-EXIGÊNCIAS SANITÁRIAS

*GTA (para todos os animais)
*Nota Fiscal (animais procedentes de outros estados)

Caprinos:
Exame Negativo para CAE, macho e fêmea acima de 12 (doze) meses de idade, realizado no máximo até 180 (Cento e Oitenta) dias antes da data de encerramento do evento.

Ovinos:
Não será permitida a entrada ao parque de animais portadores de Linfadenite, Ectoparasito, Mastite ou Úbere Perdido e que se encontrem debilitados.
7) –  ENTREGA DE DOCUMENTOS

A entrega dos documentos será, impreterivelmente, até o dia 10 de setembro de 2012 Acompanhados do pagamento da taxa de inscrição.

8) – HORÁRIO DE CHEGADA

Todos os animais deverão chegar ao parque no máximo, até as 24:00h da Terça Feira (18 de Setembro 2012)

09) – EXAME ANDROLÓGICO

Será obrigatório o exame andrológico para machos acima de 12 meses. Recomendamos que os expositores tragam os exames com prazo de validade até 60 dias do inicio do evento.

10) – EXAME ULTRASOM

Será obrigatório o atestado de prenhes (ultra-sonografia) para as fêmeas a partir de 18 meses (7° Categoria). As fêmeas que estiverem vazias e solteiras terão que trazer Comunicado de Nascimento e respectiva Inspeção ao Pé ou Carta de Apto do seu último produto.

11) – PROGRAMAÇÃO EXPOFEIRA 2012

Data

Descrição

Dia da Semana

Horário

17 e 18

Entrada dos animais

Segunda e Terça

08:00 às 24:00h

19/09/2012

Pesagem para ovinos e caprinos

Quarta

08:00 às 20:00h

20/09/2012

Julgamento todas as raças

Quinta

08:00 às 20:00h

21/09/2012

Julgamento de todas as raças

Sexta

08:00 às 20:00h

22/09/2012

Leilão

Sábado

A partir das 21:00h

23/09/2012

Encerramento

Domingo

20:00h

 

 

OBSERVAÇÕES:

A) Saída dos animais no dia 23 de Setembro de 2012 (Domingo), A partir das 18:00h.

*Em caso de interesse, favor entrar em contato com a ACCOBA, para obter maiores detalhes.

B) Não será permitido corte de palma nos corredores, como também colocação de capim, ração e feno.

C) As placas de identificação de baias não poderão conter divulgação comercial de produtos/empresas e só poderão ser fixadas da testa superior das baias para baixo.

D) A data base para cálculo de idade será no dia 19 de Setembro de 2012.

E) Exposição de fomento com pontuação dobrada para o ranking Baiano 2012.

Contamos com a sua presença. A crescente participação dos amigos criadores e/ou expositores, bem como dos seus familiares, em muito tem engrandecido a nossa EXPOAGRO PORTO SEGURO.

Aguardamos você para juntos realizarmos uma grande festa.

 

José Teodomiro Teixeira Gesteira

Presidente da ACCOBA

MS possui três frigoríficos adequados ao abate da carne ovina

As indústrias de Nova Andradina, Cassilândia e Campo Grande são inspecionadas pelo Governo Federal o que garante a carne, o SIF, que é o selo do Sistema de Inspeção Federal.  Das 8.777 cabeças abatidas em 2011, 80% seguiu para abastecer os consumidores de São Paulo. “O valor pago pelos consumidores paulistanos acabam fazendo com que a carne ovina vá para lá. Muitas vezes, mesmo com os frigoríficos locais compensa ao produtor arcar com o valor do frete”, apontou Fernando Alvarenga, palestrante do programa Proovinos, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MS.

Durante a palestra Alvarenga expôs que a carne ovina é considerada uma iguaria, muito apreciada devida sua maciez, sabor e suculência. “Os gaúchos em Mato Grosso do Sul trouxeram o hábito de comer a carne de cordeiro, que está em franco crescimento em MS”, finaliza.

O produtor de ovino tem vantagem na hora da comercialização do produto, uma vez que o preço pago pela carne varia entre 20 e 40% acima da bovina para o produtor. Os valores em MS podem variar de R$ 5 a R$ 10 o quilo, dependendo da idade do animal e qualidade do produto, porém o custo de criação e manejo do ovino também superior quando comparado à pecuária bovina.

Conforme os dados do Infoagro, revista anual organizada pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS – FAMASUL e que será lançada em julho deste ano, a criação de ovinos está presente em 17% do total de propriedades no MS. “A atividade pode se tornar em pouco tempo um negócio lucrativo, poderá ser uma o portunidade de diversificação para o produtor rural, porém a falta de organização e de integração da cadeia produtiva acaba dificultando a geração e a difusão de tecnologias e a estruturação de canais de comercialização necessários para o bom andamento da atividade”, aponta a assessora de economia da FAMASUL, Adriana Mascarenhas, uma das responsáveis pela produção da revista.
fonte: ANCO

Demanda por ovino e caprino não é atendida

O Ceará vive expansão no setor produtivo de caprinovinocultura, mas ainda é tímida em relação à procura por derivados, carne e leite, de ovinos e caprinos. A oferta está longe de atender à demanda regional. “O setor é crescente, expande-se a uma média anual de 10%, mas o que produzimos não atende a necessidade do mercado consumidor”, observa o coordenador do segmento de caprinovinocultura e presidente da Associação dos Criadores de Caprinos de Leite (Caprileite), Daniel Pimentel. “Estamos na época da informação e o evento vai proporcionar momentos de aprendizagem para usos de novas tecnologias de criação”, emenda.

O mercado é amplamente favorável, asseguram os especialistas no setor de criação de ovinos e caprinos. “Tudo o que se produz no Ceará é vendido”, observa Pimentel. “Na verdade, estamos atrás de produtores e em particular de leite de cabra”. A produção leiteira é muito insuficiente para atender à demanda que vem se ampliando com a aquisição do produto por programas de compras governamentais.

No Ceará, segundo avaliação de Pimentel, ocorreu o contrário do que se verifica em geral na atividade econômica. “Primeiro, criamos o mercado consumidor e, agora, estamos atrás do produtor”, destaca. No município de Umirim, uma unidade produtora foi instalada com o objetivo de manter uma criação de 50 mil cabeças e já chegou a 14 mil animais. “Precisamos dar uma alavancada”, alerta Daniel Pimentel, que também é criador no Município de Horizonte.

Em decorrência da melhoria genética e de alimentação adequada, além dos cuidados de sanidade, um cordeiro atinge o peso de 36 quilos em 120 dias, o ideal para o abate. “Houve um aumento no consumo de carne de ovinos e a tendência do mercado é de manter essa expansão”, frisa Pimentel.

Os caprinos e ovinos são animais resistentes e têm adaptação ao clima do sertão nordestino. Entretanto, neste ano de seca, muitos criadores enfrentam dificuldades e estão vendendo parte do rebanho por preço reduzido. “Isso demonstra a falta de reserva de alimentação com base em proteína e silagem”, avalia. “Precisamos incentivar a criação de reserva estratégica de silagem nas unidades produtoras”.

A ovinocultura e a caprinocultura são atividades tradicionais no Nordeste, região que concentra 57% dos ovinos e 91% dos caprinos do Brasil. A baixa adoção de tecnologia, aliada à pouca ou nenhuma organização dos produtores tem perpetuado o setor como atividade de subsistência, sem maiores chances de se tornar opção de renda ou de negócio. Ao mesmo tempo, existe uma demanda pela carne ovina no Interior e maior ainda nas cidades turísticas litorâneas.

Informações da ANCO  editadas pela equipe da nildão comunicação.

Alta no preço da carne de cordeiro causa aumento no rebanho de ovinos

O preço da carne de cordeiro agrada os criadores paulistas. São Paulo responde por menos de 3% da produção nacional, mas tem um bom mercado. Por isso, o rebanho de ovinos está crescendo no estado.

A criadora Sônia Martin, que começou a trabalhar na atividade há 5 anos, tem 150 matrizes na fazenda em Irapuã, São Paulo e já começou a investir. Ela criou novas áreas de confinamento para o período de seca, construiu um novo galpão para guardar a ração e agora conta com o apoio do Sebrae. O melhoramento genético é outra novidade na propriedade. A criadora usa o cruzamento das raças santa inês e white dorper. A mistura gera boa adaptação ao clima e grande quantidade de carne.

Na fazenda em Nova granada, a área dedicada a ovinocultura também cresceu mais de 30% nos últimos anos. Hoje, são mil cabeças. Até dezembro, a administradora da propriedade pretende comprar 50 novas matrizes.

O aumento na procura pela carne e a elevação dos preços tem atraindo um número cada vez maior de criadores. Do ano passado para cá a arroba da carne de cordeiro subiu mais de 20%. Em junho de 2011, o produto custava R$ 180. Hoje, está em torno de R$ 220. De acordo com o IBGE, nos últimos 10 anos o rebanho de ovinos no estado de São Paulo dobrou de tamanho.

“Esses preços acabam atraindo bastante o produtor. É importante lembrar que os custos são maiores, mas é uma atividade que permite aproveitar áreas”, diz Alexandre Pinto César, presidente da Associação de Criadores de Ovinos no Noroeste Paulista.

Informações editadas pela equipe da ANCO

Produtores do Acre apostam na ovinocultura.

Na comparação com a carne bovina, a de cordeiro apresenta vantagens. Menos calorias e mais proteínas a cada 100 gramas de carne. Ocupa menos espaço, permite maior lucratividade por área ocupada. Valorizada, saborosa e suave, o produto tem mercado garantido, há demanda sobrando. Além disso, é um animal que não exige grandes cuidados e que diversifica a produção familiar. Por isso tem ganhado espaço nas pastagens do Acre. De fato, a produção de carne de cordeiro é uma das apostas do Governo Tião Viana para o setor produtivo e o incentivo à atividade significa um investimento de R$ 2,5 milhões, beneficiando 660 famílias.

O Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap), entregou o primeiro lote de carneiros para os produtores do município de Brasileia. Trinta famílias foram beneficiadas com 12 fêmeas da raça Santa Inês e um macho da raça Dorper. É um bom começo. O Secretário Mauro Ribeiro explica que o Santa Inês já está bem adaptado ao clima e às pastagens e o cruzamento com o Dorper garante precocidade e carne abundante.

Antes, o Governo já distribuíra ovinos em Capixaba, também para 30 famílias.

Cada produtor, escolhido para o programa, através das associações de produtores, compromete-se a construir um aprisco adequado para os animais, fazer um curso de orientações sobre o manejo do rebanho e devolver, dentro de dois anos, a mesma quantidade de animais que recebeu.

A prefeita Leila Galvão dá o tom: “O governador tem uma visão aguçada para o setor produtivo. Quem diz que o Acre não produz está enganado. Estamos vivendo hoje ações que foram gestadas lá atrás. São várias cadeias produtivas que estão sendo desenvolvidas e aqui em Brasileia temos o frango, o peixe, e agora os carneiros”.

Carneiro verde

Animal gosta de recebem um “bom dia” e um “boa-tarde”, diz o veterinário da Seap, Alan Palu. “O carneiro exige cuidados mínimos: remédios se adoecer, vermífugos para prevenir doenças e pasto para se alimentar. No Acre nós temos praticamente um carneiro verde, criado livre, se alimentando exclusivamente de pastagem”, explica. “Não há segredos, pois o produtor já sabe como criar animais”.

Em cada hectare de pasto de boa qualidade são criados de 15 a 20 animais. A gestação é rápida, de cinco meses, e com oito meses de vida o carneiro está pronto para o abate. Hoje o preço pago pelo quilo é R$ 6 a fêmea e R$ 7 o macho, que tem a carne mais valorizada.

Alguns produtores já vendem car­neiros para a Bolívia e o Peru, embora não seja de forma contínua. “Sempre tem quem compre e o preço não é ruim. Agora a nossa melhor solução é reunir os produtores, formar um lote grande e vender diretamente para o frigorífico de Rio ­Branco (Anassara), que vem buscar na porteira”, diz um criador.

Vou ser grande produtor

Samuel de Souza mantinha poucas cabeças de gado no pequeno pasto do ramal Cajazeira, em Capixaba. Nos roçados, cultivava macaxeira, milho, feijão e ia tocando a propriedade com a ajuda da família. Resolveu apostar na criação de ovelhas mesmo sem nunca ter lidado com os animais e já faz planos de ser um grande produtor, comprando mais 10 animais para acelerar o crescimento do rebanho.

Já faz um ano que Samuel recebeu seu lote de ovelhas. As 12 fêmeas pariram 16 filhotes.

“Vendi quatro animais pra poder construir o aprisco. As ovelhas pagaram a própria casa. É um investimento. Agora a produção pode aumentar que tem espaço. Depois a gente aumenta de novo”, disse o produtor.

Em um ano lidando com os animais, o produtor já aprendeu algumas características do bicho. Lições que o dia a dia ensinou ao pastor das ovelhas: “Elas pelaram muito”, disse. Isso quer dizer que “sofreram com o sol bravo”. É a fotossensibilização à braquiária. Aprendeu a lição, mudou o capim. Agora plantou grama Estrela, Pue­rária e Humidícola. Também aprendeu as vantagens das ovelhas em pequenos pastos onde o gado não vai, e em maior quantidade.

Carneiro na merenda escolar

Já são 4.000 kg por mês, ou R$ 119,6 mil investidos todo mês, 170 escolas beneficiadas: o carneiro já faz parte do cardápio da merenda escolar na rede pública de ensino. Duas vezes por mês a carne é servida para diversificar a alimentação e oferecer proteína para as crianças. A compra é feita através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A carne de suíno também entrou na merenda escolar e, em breve, o peixe fará parte da alimentação dos estudantes. Cordeiro na merenda é muito bom.

Até hoje, o Acre já investiu R$ 2,5 milhões em 8.000 ovinos, nesta primeira etapa em que foram beneficiados 660 produtores. O Governo gostou e pretende ampliar, comprando mais 12.000 ovinos. Com 20.000 ovinos, o Governo acha que os produtores poderão levar adiante a criação, por conta própria.

Dificuldades

A Assistência Técnica é sempre o principal problema, devido à grande umidade amazônica, mas os acreanos contam com muitos criadores no vizinho Estado da Rondônia, onde há muitos criadores antigos, com experiência. Lázaro José da Silva, de Extrema de Rondônia, diz que “o Acre está de parabéns, pois mudou da água para o vinho, com a administração dos irmãos Viana”.

O importante foi feito: dar esperança e começar com o pé no chão!

Revista O Berro nº 156 – foto: Angela Peres – Agência de Notícia do Acre

Estratégias de coordenação das cadeia produtiva de caprinos e ovinos foram temas do Pecnordeste

Começou hoje as atividades do XVI Seminário Nordestino de Pecuária (Pecnordeste), que congrega diversos segmentos, dentre os quais a caprinocultura e a ovinocultura. A programação de palestra do segmento foi aberta pelo pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos, Juan Ferelli, que abordou as estratégias de coordenação da cadeia produtiva.

A cadeia produtiva é formada por diversos integrantes que, interligados, completam uma sucessão de fases de produção, desde a criação dos animais até a distribuição dos produtos já processados. A estratégia de organização dessa cadeia depende das características de cada mercado.

Juan explica que, hoje, no Brasil, a mais habitual é a estratégia de mercado à vista, na qual o produto é negociado diretamente em feiras. O modelo não permite o estabelecimento de preços formados a partir do custo da produção, mas sim pelos valores praticados no mercado, o que desestimula o produtor a adotar tecnologias para diferenciação do produto e aumento da produtividade. Por outro lado, é a estratégia mais barata.

Os contratos ou acordos informais são uma segunda possibilidade. Tornam-se interessantes, por exemplo, quando o produtor realiza algum investimento na criação e depende de um preço mínimo de venda para evitar prejuízos. Para o comprador, o acordo prévio assegura o prazo de entrega. O interesse mútuo pode levar a custos compartilhados ou pagamento adiantado ao produtor. No entanto, a segurança do negócio está baseada na reputação de ambas as partes, pois não há respaldo legal em caso de atitude oportunista ou quebra de contrato. A estratégia de contrato formal oferece condições semelhantes, mas confere segurança jurídica.

A quarta forma de organização é a integração horizontal, estratégia baseada no cooperativismo. O sistema gera renda e desenvolvimento local, vantagem importante para a caprinocultura e a ovinocultura do Brasil. Uma cooperativa organizada e bem gerida reduz os riscos e os custos do produtor, que passa a ter poder de barganha nas aquisições coletivas de equipamentos e insumos e também na venda dos produtos. A adoção de tecnologias que aumentam a produtividade e o valor agregado do produto é viável. No entanto, a margem individual de lucro é menor, já que as negociações, da mesma forma, são baseadas no interesse coletivo.

Há, ainda, a integração vertical, quando os produtores são ancorados por uma indústria e o nível tecnológico é alto. A produção torna-se diferenciada, muitas vezes com propriedades, insumos e equipamentos cedidos pela indústria e, em contrapartida, obtenção de um produto final com alto padrão e oferta regular. Trata-se de uma estratégia pouco explorada na caprinocultura e na ovinocultura nacionais, apesar de haver alguns exemplos no país.

fonte: www.accoba.com.br

Ministro incentiva vacinação no Nordeste e visita áreas afetadas pela seca.

Engajado em demonstrar a importância de se vacinar o rebanho de bovinos e búfalos do Brasil, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, participou da abertura da primeira etapa da campanha em Pernambuco e no Ceará nesta sexta-feira, 1º de junho. Nos dois estados – assim como Alagoas, Maranhão, Pará (parte centro-norte) e Piauí – a vacinação foi transferida de maio para junho em razão das seis unidades estarem participando do inquérito soroepidemiológico para avaliar se há ou não circulação do vírus da febre aftosa na área.

A agenda do ministro começou com a solenidade de lançamento da vacinação no município de Venturosa, no agreste pernambucano. Reunido com produtores e autoridades, Mendes Ribeiro destacou a importância do empenho de todos na imunização e verificou os prejuízos que a estiagem vem provocando na região. Para amenizar a falta de alimentação enfrentada pelos animais, foi anunciada a venda de milho ao produtor, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Estima-se a redução do rebanho em 30% por causa da retirada dos animais para outros estados em razão da seca.

Ele também assinou um convênio de defesa sanitária vegetal de R$ 5,6 milhões, realizou a entrega do Cartão do Produtor – que permitirá a emissão da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) pelo próprio pecuarista – e fez a entrega simbólica de 33 veículos para a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro).

“Estamos tendo avanços significativos e essa mudança de status possibilitará superar a crise provocada pela seca. Isso vai atrair empresas, gerar empregos e até permitir a exportação de carne”, destaca Mendes Ribeiro.

À tarde, o ministro acompanhou a abertura da campanha no Ceará. Ele participou de uma cerimônia no Parque de Exposição João Passos Dias, no município de Sobral, e também aplicou a vacina em um animal. Na conversa com autoridades, produtores e representantes do setor agropecuário, ele reforçou a importância do envolvimento de todos no processo de imunização e garantiu que não faltará apoio do governo federal para que os estados sejam reconhecidos como livres de aftosa com vacinação em breve.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que 158,8 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira fase em todo o Brasil e que o índice de cobertura vacinal alcançado na mesma etapa em 2011 (97,4%) seja superado.

Em Pernambuco, 2,4 milhões de bovinos e bubalinos estarão envolvidos nessa fase. O rebanho cearense que será vacinado é de, aproximadamente, 2,6 milhões de bovídeos. Ambos apresentaram índice médio de cobertura vacinal de 94,7% e de 92,2% em 2011.

Os cuidados necessários para uma adequada imunização do gado são: vacinar dentro do período estabelecido; adquirir vacinas em revendas autorizadas; conservar em temperatura correta (de 2 a 8°C) até o momento da aplicação; aplicar a dose certa (5 ml) na região da tábua do pescoço com agulhas e seringas em bom estado e limpas e manejar os animais com o mínimo de estresse e nos horários mais frescos do dia.

Após o término da vacinação, os pecuaristas têm até o dia 15 de julho para entregar a declaração nas Unidades Veterinárias Locais (UVLs) ou nos Escritórios de Atendimento à Comunidade (EACs) dos seus estados. Os produtores que não cumprirem com as suas obrigações serão impedidos de movimentar seus animais até regularizar a situação, terão a vacinação acompanhada e serão autuados.

Fonte: MAPA