BB ajusta estratégia para cooperativas

Depois de encerrar agosto com desempenho recorde em sua carteira de crédito destinada às cooperativas, o Banco do Brasil decidiu criar uma gerência executiva para desenvolver ações capazes de promover um crescimento de 20% ao ano. No total, a carteira do banco para associações agropecuárias, crédito rural e transportes alcançou R$ 6,8 bilhões em agosto, índice 18,36% superior ao mesmo mês do ano passado. A previsão para o fim de 2012 é chegar a R$ 7 bilhões. O plano de dar mais ênfase às cooperativas foi idealizado pelo vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do BB, Osmar Dias.

Por meio dessa nova gerência, o objetivo é fortalecer a integração entre as cooperativas e o Banco do Brasil, aumentando os financiamentos. “As cooperativas podem atuar como um catalisador do banco ao pegar uma linha de crédito e distribuí-la entre seus cooperados”, afirmou o gerente-executivo da Gerência de Negócios com Cooperativas (Genec), Álvaro Tosetto.

Ainda em fase de avaliação, a Genec estuda o atendimento dado pelas agências bancárias às cooperativas em todo o país. Porém, foi identificado nos primeiros levantamentos a necessidade de melhorias na utilização dos serviços do banco. “Pretendemos sair somente do crédito para caixas automáticos, cartões, seguros, entre outros. Dessa maneira, Tosetto avalia que uma cooperativa tem condições de usar mais produtos. “E fazer todas as suas transações em um só lugar, com uma só pessoa”, reforça.

Segundo o gerente, por enquanto não foi detectada a necessidade de criação de novas linhas de crédito. A ideia é trabalhar diretamente com as cooperativas mostrando como realizar projetos para liberação de financiamentos. “Na semana passada visitamos a Coopercitrus, em Bebedouro (SP), e mostramos como funciona o programa ABC – plano do governo para estimular a adoção de práticas agrícolas mais parceiras do meio ambiente. Tosetto avalia que o encontro auxiliou a cooperativa a fazer diferentes projetos para serem apresentados aos produtores.

“Uma cooperativa pode contratar um crédito para vender insumos e revendê-los para seus associados. O produtor pode se beneficiar com preços menores provenientes de uma grande compra”, explicou o executivo.

Entretanto, Tosetto compreende que é necessário o treinamento das equipes das agências para que elas ofereçam mais serviços e de forma simples. Em todo o Brasil, existem cerca de 6,5 mil cooperativas e mais de 10 milhões de cooperados, segundo dados do ano passado da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O BB trabalha com 598 delas, mas quer aumentar esse número nos próximos anos.

fonte: valor economico

OVINOCULTURA CONTINUA CRESCENDO EM MATO GROSSO

De acordo com o zootecnista e coordenador estadual da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) Paulo de Tarso, o Estado tem potencial para se transformar no maior produtor do país, porém precisa vencer alguns desafios.

Entre eles a necessidade da implantação de ações voltadas ao incentivo do consumo, além de levar conhecimento ao produtor de que a atividade pode ser rentável, com o atrativo de ocupar um pequeno espaço na propriedade. O coordenador aponta como um dos principais ganhos este ano a entrada da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) nas atividade do setor.

O primeiro dia de campo do setor Famato em Campo reuniu aproximadamente 200 pessoas na Fazenda Herkapi, em Sorriso. O presidente da Famato, Rui Prado, ressaltou que a entidade está empenhada em incentivar outras atividades econômicas, como a produção leiteira, a ovinocultura e também a piscicultura. Prado disse ainda que Estado oferece inúmeras oportunidades para diversificar a produção e desenvolver outras cadeias produtivas com potencial, mas que ainda são consideradas pouco expressivas, como a ovinocultura.

O Estado possui um rebanho de 1,4 milhões de cabeças de ovinos, de acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado Mato Grosso (Indea), e cresce a uma taxa de 27% ao ano, respondendo por cerca de 11% do rebanho nacional, que é de 17 milhões de animais. Na avaliação de Paulo de Tarso, a partir de planejamento e eficiência na criação, como pilares para a boa produção, a atividade pode ser uma alternativa para diversificar a geração de renda no campo.

A fazenda Harkapi é considerada modelo na criação de ovinos e na integração lavoura pecuária. A família Piccoli entrou na atividade em 2006 com 30 animais. Hoje são 2.500 cabeças das raças Santa Inês, Dorper, Lacaune, White Dorper e Texel que ocupam apenas 35 hectares da propriedade. Segundo o proprietário, Hernandes Piccoli, o mais interessante é mostrar que é possível criar ovinos em integração com outras culturas, como soja e milho e também a pecuária de corte ocupando áreas mais acidentadas, que não são mecanizáveis.

Paulo de Tarso destaca ainda a implementação da comercialização como outro incentivo para os produtores, que até pouco tempo não tinham onde vender sua produção. Recentemente foi dado início às obras de um frigorífico em Terra Nova do Norte – com Inspeção Federal – e ainda há dois grandes frigoríficos em Rondonópolis e outro em Alta Floresta, além de haver compradores de outros estados vindo buscar o produto em Mato Grosso. “Não podemos mais reclamar que existe só um comprador, as opções a cada dia que passa aumentam”.

As informações são do jornal A Gazeta, adaptadas pela Equipe FarmPoint.

Demanda por ovino e caprino não é atendida

O Ceará vive expansão no setor produtivo de caprinovinocultura, mas ainda é tímida em relação à procura por derivados, carne e leite, de ovinos e caprinos. A oferta está longe de atender à demanda regional. “O setor é crescente, expande-se a uma média anual de 10%, mas o que produzimos não atende a necessidade do mercado consumidor”, observa o coordenador do segmento de caprinovinocultura e presidente da Associação dos Criadores de Caprinos de Leite (Caprileite), Daniel Pimentel. “Estamos na época da informação e o evento vai proporcionar momentos de aprendizagem para usos de novas tecnologias de criação”, emenda.

O mercado é amplamente favorável, asseguram os especialistas no setor de criação de ovinos e caprinos. “Tudo o que se produz no Ceará é vendido”, observa Pimentel. “Na verdade, estamos atrás de produtores e em particular de leite de cabra”. A produção leiteira é muito insuficiente para atender à demanda que vem se ampliando com a aquisição do produto por programas de compras governamentais.

No Ceará, segundo avaliação de Pimentel, ocorreu o contrário do que se verifica em geral na atividade econômica. “Primeiro, criamos o mercado consumidor e, agora, estamos atrás do produtor”, destaca. No município de Umirim, uma unidade produtora foi instalada com o objetivo de manter uma criação de 50 mil cabeças e já chegou a 14 mil animais. “Precisamos dar uma alavancada”, alerta Daniel Pimentel, que também é criador no Município de Horizonte.

Em decorrência da melhoria genética e de alimentação adequada, além dos cuidados de sanidade, um cordeiro atinge o peso de 36 quilos em 120 dias, o ideal para o abate. “Houve um aumento no consumo de carne de ovinos e a tendência do mercado é de manter essa expansão”, frisa Pimentel.

Os caprinos e ovinos são animais resistentes e têm adaptação ao clima do sertão nordestino. Entretanto, neste ano de seca, muitos criadores enfrentam dificuldades e estão vendendo parte do rebanho por preço reduzido. “Isso demonstra a falta de reserva de alimentação com base em proteína e silagem”, avalia. “Precisamos incentivar a criação de reserva estratégica de silagem nas unidades produtoras”.

A ovinocultura e a caprinocultura são atividades tradicionais no Nordeste, região que concentra 57% dos ovinos e 91% dos caprinos do Brasil. A baixa adoção de tecnologia, aliada à pouca ou nenhuma organização dos produtores tem perpetuado o setor como atividade de subsistência, sem maiores chances de se tornar opção de renda ou de negócio. Ao mesmo tempo, existe uma demanda pela carne ovina no Interior e maior ainda nas cidades turísticas litorâneas.

Informações da ANCO  editadas pela equipe da nildão comunicação.

Alta no preço da carne de cordeiro causa aumento no rebanho de ovinos

O preço da carne de cordeiro agrada os criadores paulistas. São Paulo responde por menos de 3% da produção nacional, mas tem um bom mercado. Por isso, o rebanho de ovinos está crescendo no estado.

A criadora Sônia Martin, que começou a trabalhar na atividade há 5 anos, tem 150 matrizes na fazenda em Irapuã, São Paulo e já começou a investir. Ela criou novas áreas de confinamento para o período de seca, construiu um novo galpão para guardar a ração e agora conta com o apoio do Sebrae. O melhoramento genético é outra novidade na propriedade. A criadora usa o cruzamento das raças santa inês e white dorper. A mistura gera boa adaptação ao clima e grande quantidade de carne.

Na fazenda em Nova granada, a área dedicada a ovinocultura também cresceu mais de 30% nos últimos anos. Hoje, são mil cabeças. Até dezembro, a administradora da propriedade pretende comprar 50 novas matrizes.

O aumento na procura pela carne e a elevação dos preços tem atraindo um número cada vez maior de criadores. Do ano passado para cá a arroba da carne de cordeiro subiu mais de 20%. Em junho de 2011, o produto custava R$ 180. Hoje, está em torno de R$ 220. De acordo com o IBGE, nos últimos 10 anos o rebanho de ovinos no estado de São Paulo dobrou de tamanho.

“Esses preços acabam atraindo bastante o produtor. É importante lembrar que os custos são maiores, mas é uma atividade que permite aproveitar áreas”, diz Alexandre Pinto César, presidente da Associação de Criadores de Ovinos no Noroeste Paulista.

Informações editadas pela equipe da ANCO

Ministro incentiva vacinação no Nordeste e visita áreas afetadas pela seca.

Engajado em demonstrar a importância de se vacinar o rebanho de bovinos e búfalos do Brasil, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, participou da abertura da primeira etapa da campanha em Pernambuco e no Ceará nesta sexta-feira, 1º de junho. Nos dois estados – assim como Alagoas, Maranhão, Pará (parte centro-norte) e Piauí – a vacinação foi transferida de maio para junho em razão das seis unidades estarem participando do inquérito soroepidemiológico para avaliar se há ou não circulação do vírus da febre aftosa na área.

A agenda do ministro começou com a solenidade de lançamento da vacinação no município de Venturosa, no agreste pernambucano. Reunido com produtores e autoridades, Mendes Ribeiro destacou a importância do empenho de todos na imunização e verificou os prejuízos que a estiagem vem provocando na região. Para amenizar a falta de alimentação enfrentada pelos animais, foi anunciada a venda de milho ao produtor, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Estima-se a redução do rebanho em 30% por causa da retirada dos animais para outros estados em razão da seca.

Ele também assinou um convênio de defesa sanitária vegetal de R$ 5,6 milhões, realizou a entrega do Cartão do Produtor – que permitirá a emissão da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) pelo próprio pecuarista – e fez a entrega simbólica de 33 veículos para a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro).

“Estamos tendo avanços significativos e essa mudança de status possibilitará superar a crise provocada pela seca. Isso vai atrair empresas, gerar empregos e até permitir a exportação de carne”, destaca Mendes Ribeiro.

À tarde, o ministro acompanhou a abertura da campanha no Ceará. Ele participou de uma cerimônia no Parque de Exposição João Passos Dias, no município de Sobral, e também aplicou a vacina em um animal. Na conversa com autoridades, produtores e representantes do setor agropecuário, ele reforçou a importância do envolvimento de todos no processo de imunização e garantiu que não faltará apoio do governo federal para que os estados sejam reconhecidos como livres de aftosa com vacinação em breve.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que 158,8 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira fase em todo o Brasil e que o índice de cobertura vacinal alcançado na mesma etapa em 2011 (97,4%) seja superado.

Em Pernambuco, 2,4 milhões de bovinos e bubalinos estarão envolvidos nessa fase. O rebanho cearense que será vacinado é de, aproximadamente, 2,6 milhões de bovídeos. Ambos apresentaram índice médio de cobertura vacinal de 94,7% e de 92,2% em 2011.

Os cuidados necessários para uma adequada imunização do gado são: vacinar dentro do período estabelecido; adquirir vacinas em revendas autorizadas; conservar em temperatura correta (de 2 a 8°C) até o momento da aplicação; aplicar a dose certa (5 ml) na região da tábua do pescoço com agulhas e seringas em bom estado e limpas e manejar os animais com o mínimo de estresse e nos horários mais frescos do dia.

Após o término da vacinação, os pecuaristas têm até o dia 15 de julho para entregar a declaração nas Unidades Veterinárias Locais (UVLs) ou nos Escritórios de Atendimento à Comunidade (EACs) dos seus estados. Os produtores que não cumprirem com as suas obrigações serão impedidos de movimentar seus animais até regularizar a situação, terão a vacinação acompanhada e serão autuados.

Fonte: MAPA

Começa reunião que definirá avanço sanitário do Brasil

Uma delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participará da 80ª Sessão Geral da Assembléia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês), de 20 a 25 de maio, em Paris. Além de promover a discussão de temas relevantes para a defesa sanitária animal do planeta, durante a reunião deverá ser anunciada a mudança da classificação do Brasil para Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (conhecida vulgarmente como doença da Vaca Louca) do atual risco controlado para insignificante, que é a melhor classificação de risco em relação à doença. A divulgação está marcada para a próxima quinta-feira, 24 de maio.

O parecer favorável já havia sido indicado pela Comissão Científica para Enfermidades dos Animais e pelo grupo ad hoc EEB da OIE, mas ainda dependia de um período de consulta perante os 178 países-membros da OIE. Durante 60 dias, os delegados da entidade puderam solicitar informações complementares e fazer questionamentos à OIE, o que não ocorreu.

Com a mudança, o Brasil passará a fazer parte de um grupo seleto de 15 países dentre todos os integrantes da OIE. Apesar de nunca ter registrado casos de Vaca Louca, a alteração favorecerá a retomada do mercado de tripas para a União Europeia, a exportação de animais vivos e de carne in natura com osso para países que hoje vetam a entrada de produtos brasileiros, com o argumento de o país estar classificado como risco controlado.

Tendo como tema técnico principal “Experiências e papéis nacionais e internacionais na avaliação passada e futura de Um Mundo, Uma Saúde”, o encontro abordará assuntos como a adoção de novas normas internacionais aplicáveis à prevenção e controle das enfermidades dos animais, bem-estar animal, comércio internacional de animais e produtos de origem animal e eleições para comissões regionais e comissões especializadas da OIE.

O Brasil, país membro fundador da entidade, participará das discussões e defenderá os interesses nacionais e regionais relacionados à política de sanidade animal. A comitiva brasileira será composta pelo secretário de Defesa Agropecuária, Enio Marques; pelo diretor do Departamento de Sanidade Animal (DSA), Guilherme Marques; pelo coordenador-geral de Apoio Laboratorial (CGAL), Jorge Caetano Júnior, e pelo assistente do gabinete do DSA, José Ricardo Lôbo.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Ovinocultura na mira de investidores

O Brasil concentra um rebanho de 16 milhões de ovinos, segundo o IBGE, quantidade insuficiente para atender o consumo interno. Até pouco tempo, os produtores enfrentavam amarga concorrência externa, principalmente do Uruguai, de onde era importada mais de 80% da carne de cordeiro consumida no Brasil. Depois que conquistou mercados de melhor remuneração, o país vizinho redirecionou grande parte de sua produção, abrindo uma enorme lacuna no mercado brasileiro.

“O reflexo disso pode ser facilmente observado nos preços pagos pela indústria em todo o País. Os produtores estão experimentando preços nunca vistos antes no mercado, o que deve estimular a produção em escala e a organização da cadeia produtiva”, afirma Lucas Heymeyer, gerente de vendas da Dorper Campo Verde, de Jarinu (SP).

Para se ter ideia do potencial da ovinocultura, o Brasil precisaria chegar a 100 milhões de cabeças para tentar se aproximar do que é hoje a bovinocultura de corte, produção que sustentaria um consumo de forma regular o ano todo, sem sobressaltos, como informa Paulo Schwab, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO).

Com vistas neste cenário, produtores de todo País estão tentando se estruturar para atender a grande demanda. No Amazonas, por exemplo, projetos como o da Amazônia Ovinos, do criador Demilço Valdemar Vivian, mais conhecido como Alemão, em Manaus (AM), estão investindo na ampliação e na qualidade do rebanho. “Quando o Uruguai dominava a maior parte desse mercado, tínhamos de ser competitivos, algo impraticável pela diferença dos custos de produção entre os dois países. O cenário está se modificando aos poucos, inclusive aqui no Amazonas, devido à grande demanda de consumidores”, afirma Renato Rigoni Júnior, médico-veterinário e gerente da propriedade.

Em um primeiro instante, a Amazônia Ovinos pretende abocanhar uma fatia desse mercado com produção in natura, tendo em vista que toda a carne que vem de fora é congelada. “Estamos montando um boa base genética, com foco na fertilidade, habilidade materna e precocidade, para fazer bons produtos de origem amazonense. A carne de cordeiro tem excelente aceitação, principalmente, por causa da migração de muitos nordestinos para o Estado, que tem o habito de consumir cordeiro e seus subprodutos, como a famosa buchada. Temos de oferecer carne resfriada, o mais natural possível, algo impossível dos nossos vizinhos fornecerem”, explica.

A propriedade concentra um rebanho de 900 animais principalmente da raça Santa Inês, projeto que deve se estabilizar com 1.500 matrizes até o final de 2012.

Buscam constantemente por animais melhoradores e investem no manejo sanitário do rebanho para evitar possíveis enfermidades, como a resistência à verminose e a pododermatite, doença infecciosa e contagiosa que afeta os cascos dos animais. Causa estresse e emagrecimento progressivo. “Também fornecemos material genético a pequenos produtores para que consigam produzir com o mesmo padrão de qualidade. Além disso, almejamos o mercado externo, com negociações na Venezuela e Colômbia, pela logística privilegiada, com acesso rodoviário pelo Amazonas e Roraima”, explica.

A ovinocultura é uma ótima opção de investimento no Estado, principalmente devido às novas leis ambientais que determinam a preservação de 80% das áreas. As áreas destinadas à atividade são pequenas, onde não há incentivo para a bovinocultura de corte. Em breve a região contará com um frigorífico especializado no abate de ovinos, que espera por aprovação de verbas.

Fonte: Agrolink adaptada pela ABSI – Associção Brasileira de Santa Inês.

Câmara Setorial debate na Embrapa pesquisas em benefício de cadeias produtivas

Uma agenda de ações de pesquisa alinhada com as demandas estratégicas das cadeias produtivas da caprinocultura e da ovinocultura. Este foi o destaque nos debates da reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realizada na sede da Embrapa Caprinos e Ovinos, em Sobral (CE), nesta quinta-feira (17). Em pauta, além da agenda de P&D da Unidade, projetos e programas com participação da Embrapa voltados para beneficiar o setor produtivo: a Rede de Transferência de Tecnologia e Inovação para a Caprinocultura e Ovinocultura Brasileira (RICO), o Estudo Zoosanitário da Caprinocultura e da Ovinocultura Tropical e a Rota do Cordeiro.

Na apresentação da RICO, o pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos Vinícius Guimarães destacou que o projeto contempla várias ações da Agenda Estratégica 2010-2015 do Ministério para as cadeias de ovinos e caprinos. Entre elas, o mapeamento estatístico das cadeias (com dados de rebanho, produção e mercado), a capacitação de atores de assistência técnica e o estímulo à governança das cadeias. Ele ressaltou o papel do Centro de Inteligência, cuja criação é uma das metas do projeto. “Teremos capacidade de indicar dados sobre rebanhos, preços de leite e carne, onde as tecnologias estão sendo utilizadas”, disse ele.

Para o coordenador da Câmara Setorial, Paulo Márcio Araújo, a RICO terá um potencial de atender à demanda por assistência técnica, extensão e capacitação, que segundo ele é uma das maiores necessidades das cadeias produtivas. “Trata-se de um trabalho fundamental, que pode não dar resultado daqui a seis meses, um ano, mas que a longo prazo dará frutos”, avaliou ele.

A pesquisadora Lauana Barbosa conduziu a apresentação sobre o Estudo Zoosanitário, projeto iniciado em 2009, que está mapeando as principais doenças de pequenos ruminantes em nove estados brasileiros. “A escassez de dados epidemiológicos e o desconhecimento do perfil zoosanitário dos rebanhos brasileiros estava nos privando de tomar certas decisões sobre sanidade animal”, explicou Lauana.

De acordo com a pesquisadora, o Estudo tem encontrado também gargalos, como a baixa capacidade para diagnóstico de doenças em pequenos ruminantes no Brasil, o custo elevado de exames e os casos em que os produtores conhecem as tecnologias para prevenção e combate às enfermidades, mas não as adotam na prática. “Temos que trazer isso à discussão: se os motivos são culturais, falta de mão de obra, ou outros”, frisou ela.

O presidente da Câmara Setorial, Edilson Maia, afirmou que a entidade terá o compromisso de apoiar os esforços na área de sanidade animal. “Todos apoiarão esta demanda”, disse ele. Já o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Evandro Holanda Júnior, propôs a montagem de um grupo de trabalho para avaliar propostas como a instalação de uma rede de laboratórios para diagnóstico, com participação de Estado e iniciativa privada.

O debate sobre as ações da Rota do Cordeiro no Ceará, primeiro estado a implantar o programa, foi conduzido pelo pesquisador Octávio Morais e por Antônio Nunes, da Coordenadoria de Apoio às Cadeias Produtivas da Pecuária da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (DAS) do Estado do Ceará. O Rota do Cordeiro compõe o programa Rotas da Integração, do Ministério da Integração Nacional e propõe a criação de núcleos de inovação tecnológica para ovinocultura de corte em seis estados brasileiros.

Cada núcleo terá ações de melhoramento genético animal, fábrica de ração, centro de produção intensiva de forragens e centro de terminação, que receberá animais de rebanhos de cada região. Segundo Octávio, não há intenção de se trabalhar com raças específicas, mas com os animais já existentes em cada região, já adaptados ao ambiente. O programa pretende aperfeiçoar os modelos de produção, garantindo aos produtores melhores oportunidades de inserção no mercado.

Evandro Holanda ressaltou que a proposta do Rota do Cordeiro tem o desafio de mobilizar parceiros para seu funcionamento. Segundo ele, o fato do convênio do Ministério da Integração se efetivar com as secretarias estaduais se dá pelo fato dessas instituições garantirem programas de compras, assistência técnica, projetos de recursos hídricos. “Há um desafio para a governança local, muito a ser trabalhado pelos agentes públicos e pelo setor produtivo”, afirmou ele.

A reunião da Câmara Setorial contou também com participação de autoridades como o secretário adjunto de Agricultura e Pecuária de Alagoas, José Marinho, que trouxe à Embrapa uma proposta de parceria com o programa estadual Mais Ovinos e a secretária da Agricultura e Pecuária de Sobral, Luiza Barreto. “É importante para Sobral sediar esta reunião, em momento em que se fortalecem as cadeias”, destacou ela, cuja Secretaria está à frente do projeto Cordeiro de Sobral, proposta para beneficiar a ovinocultura de corte em Sobral e municípios próximos, com apoio da Embrapa.

As informações são da Embrapa Caprinos e Ovinos.

EXPOAGRO BAHIA 2012 ratifica a força do criadores de Santa Inês.

A Bahia mostra a força e a dedicação dos criadores da Raça Santa Inês. com julgamento marcado a partir de quarta-feira 08 de agosto, a exposição traz mais de trezentos animais da raça para julgamento. Na sexta feira esta agendado o leilão Africano e convidados as 21:00 no Recinto Bambuzal – Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador.

 

 

De 10 a 15 de abril expobahia, segunda etapa do Ranking Nacional da Raça Santa Inês.

A ExpoBahia acontece de 10 a 15 de abril de 2012 no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador e pretende reunir criadores e produtores de caprinos e ovinos dos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Em sua décima edição, a exposição trará mais uma vez A Copa Dente de Leite, uma competição promovida pela Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia – ACCOBA que irá premiar os melhores animais com idade de até 12 meses. A Copa Dente de Leite distribuirá 15 mil reais de premiação em dinheiro para os expositores associados à ACCOBA.

A ExpoBahia será a segunda exposição do Ranking Nacional da Raça Santa Inês promovido pela ABSI, sendo a primeira do calendário de 2012 no Nordeste .

Maiores informações sobre a  ExpoBahia você acompanha aqui no portal da ABSI ou acessando www.accoba.com.br