MATO GROSSO DO SUL CRIA SISTEMA INÉDITO DE ABATE PARA OVINOS.

O sistema, denominado Propriedade de Descanso de Ovinos para Abate (PDOA), visa organizar a ovinocultura do Estado, possibilitando reunir os animais a serem abatidos, facilitando o escoamento para as indústrias frigoríficas.

O lançamento do sistema PDOA ocorrerá durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a presença da secretária do Desenvolvimento agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. A 1ª PDOA está localizada na BR 060, entre Campo Grande e Sidrolândia.

O objetivo é oferecer estímulos e segurança ao ovinocultor, proporcionando maior organização do setor e da escala para a indústria frigorífica. “Levamos em consideração que a produção estadual é fracionada, e verificamos a vantagem de reunir os animais em uma propriedade de descanso, onde o frigorífico irá embarcar os animais e encaminhá-los para abate, o que facilita a logística e torna os preços mais atrativos para o produtor”, avalia o médico veterinário do Sistema Famasul, Horácio Tinoco.

Os 100 cordeiros encaminhados ao frigorífico na fase piloto da PDOA são de produtores dos municípios de Campo Grande, Sidrolândia, Jaraguari e Terenos. De acordo com Tinoco, a intenção é ampliar o número de propriedades de descanso, por meio dos sindicatos rurais e por demanda por parte dos frigoríficos e dos produtores.

Toda PDOA deverá ter um médico veterinário responsável pelos animais desde a chegada até o embarque ao frigorífico, podendo os ovinos permanecerem na propriedade de descanso no máximo três dias.

Além de realizar inspeções, o veterinário deve assegurar que os animais sejam destinados exclusivamente ao abate em frigoríficos com Serviço de Inspeção Sanitária Federal, Estadual ou Municipal. Ele também responde pelo agendamento do dia de embarque, pelos formulários que monitoram a relação de animais e a higienização do local, e ainda deve informar imediatamente, ao Serviço Veterinário Oficial, sobre qualquer suspeita de enfermidade.

A iniciativa da propriedade de descanso é do Sistema Famasul, junto a Superintendência Federal da Agricultura (SFA/MS), Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz/MS), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Câmara Setorial da Ovinocultura e a Associação Sul-mato-grossense de Criadores de Ovinos.

Sustentabilidade em ecossistemas de pastagem

As áreas de pastagem ocupam mais de 32 milhões de km2 no mundo inteiro, sendo o principal uso dado a terra em nosso planeta. No Brasil, cerca de 150 milhões de hectares são ocupados com esse tipo de vegetação. As pastagens são a principal fonte de alimento volumoso para os animais nos trópicos, tanto que, estima-se que metade do que é produzido em carne e leite seja proveniente de animais criados em áreas de pastagem.

Até bem pouco tempo, o uso do pasto cultivado era restrito a sistemas de produção de carne, principalmente bovina. Com a expansão da ovinocultura para as regiões Norte e Centro-oeste, tradicionalmente produtoras de carne em pastagens, esse recurso tem sido amplamente utilizado também por produtores de ovinos. Em termos de produção de leite, sistemas de produção semi-intensivos ou com baixo input de concentrado já são bem conhecidos dos produtores de leite de vaca em várias regiões do país. Para produção de leite de cabra, no entanto, o sistema mais conhecido e utilizado por grandes produtores é o confinamento. Novas experiências com o uso de pastagem cultivada como base para alimentação podem também representar um novo modelo de produção.

Diante da importância que as pastagens desempenham para a maioria dos modelos de produção praticados, é fundamental que seu uso esteja condicionado a práticas sustentáveis de manejo, como adubação, introdução de leguminosas, ajuste da taxa de lotação, entre outras, a fim de que a produtividade seja mantida ao longo do tempo, sem comprometer os componentes principais do ecossistema. Nos dias atuais, em que cada vez mais a preocupação com o meio ambiente é de extrema importância para a sobrevivência do planeta, o uso de pastagens para a manutenção de altos estoques de carbono na biomassa e no solo pode contribuir para a melhoria do clima. Já se sabe que, em solos bem manejados sob ecossistemas de pastagem, é possível encontrar grandes estoques de carbono (0,5 Mg C ha-1 ano-1), em quantidades semelhantes ao encontrado em solos sob florestas tropicais (até 0,8 Mg C ha-1 ano-1). A capacidade de estocar carbono dos solos sob pastagem é determinada principalmente pela manutenção e renovação do sistema radicular e também pelo aporte de liteira proveniente de material em decomposição, que fornecem substrato para a mineralização da matéria orgânica, com a formação de agregados e húmus, que são os componentes básicos para que o carbono seja estocado no solo.

Além disso, a possibilidade de introduzir árvores fixadoras de nitrogênio permite reduzir a entrada de fertilizantes no sistema, pois, dependendo da espécie, até 150kg de nitrogênio por hectare por ano podem ser incorporado ao sistema. Essa quantidade de nitrogênio supera em muito a média atual de aplicação de fertilizantes em áreas de pastagem, que é em torno de 10kg/ha ano, o que tem em muito contribuído para a degradação de áreas de pastagem no Brasil. As árvores também contribuem para melhorar o clima na área do pasto e proporcionar um melhor bem estar para os animais.

 A oferta de forragem de qualidade contribui para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, especialmente o metano, por animais ruminantes em pastejo. A produção de metano é maior quanto mais fibra for ofertada e consumida pelos animais em pastejo. A produção de forragem de boa qualidade, ou seja, com baixo teor de fibra e alta densidade energética e protéica, pode ser obtida com práticas simples de manejo do pastejo, onde a estrutura do mesmo forneça ao animal mais folhas verdes, menos colmos e pouco material morto.

O tipo ideal de forragem pode ser obtido manejando-se o pasto tanto em sistema contínuo quanto no rotativo. É mais comum observar manejo em sistema rotativo. Esse sistema tem a vantagem de permitir um período de descanso para que a planta recupere sua área foliar, produzindo forragem. É importante que o resíduo que compõe o pasto, após o pastejo, tenha folhas verdes jovens e haja pouco material como colmo e material morto. Esse resíduo pode ser medido através da altura do pasto. Para gramíneas cespitosas em torno de 20-30 cm e para estoloníferas por volta de 10 cm.

O intervalo de descanso deve ter o comprimento de tempo suficiente para o crescimento de folhas, que são o principal alimento do animal no pasto, sendo mínima a senescência (a morte de folhas). Para determinar o momento ideal do pastejo, uma variável muito interessante que vem sendo utilizada é a contagem do número de folhas produzidas por perfilho (uma planta de capim -, Figura 2) durante o intervalo de descanso. Por exemplo, para o capim Tanzânia, o intervalo ideal de pastejo é o tempo necessário para a formação de 2,5 folhas, ou seja, quando o perfilho produziu duas folhas e tem uma terceira em crescimento. Em capim-tifton 85 esse número é em torno de seis folhas.

Manejos utilizando as ferramentas anteriormente citadas têm permitido ganhos em carne ovina de até 240g/cab sob condições de pastejo, bem como produções de leite de cabra de até 1,5kg/cab. Sendo que se pode manter até 40 cordeiros em terminação e por volta de 35 cabras em lactação, em um hectare de pastagem.

Percebe-se que existem opções tecnológicas que podem ser utilizadas a fim de que haja maior sustentabilidade no uso de pastagens para a produção animal. O uso adequado dessas técnicas permite aumentar os estoques de carbono e nitrogênio nos sistemas de pastejo, reduzindo ainda a emissão de gases e maximizando o desempenho animal, com mínimo de impacto negativo sobre o ecossistema de pastagem.

Ana Clara Rodrigues Cavalcante
* Zootecnista, doutoranda em Ciência Animal e Pastagens. 
Atualmente é pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos

A nutrição para ovinos

A produção ovina tem demonstrado substancial crescimento nos últimos anos, conseguindo englobar em seus números uma considerável fatia do mercado produtivo, no entanto, ainda pequena se analisarmos o potencial que esta categoria possui. Com o aumento da produção, faz-se necessário o aumento do ritmo de crescimento destes animais, refletido no ganho de peso melhorado por meio de sua conversão alimentar. Para que consigam atingir tais níveis que garantam esta produção é importante que os níveis nutricionais sejam atendidos, tendo em vista a qualidade do alimento, a sua quantidade associada ao limitado consumo desta espécie, bem como suas restrições digestivas. Desta forma, o potencial genético dos animais é explorado ao máximo, garantindo a produção esperada.

Não menos importante que os níveis nutricionais está a sua associação aos fatores econômicos, visto que a alimentação é o mais oneroso dos custos de produção animal, sendo extremamente importante formular dietas de maneira que estes dois fatores estejam agregados e equilibrados, promovendo um satisfatório custo benefício.

Quando pensamos em produção animal, necessitamos primeiramente compreender o que iremos produzir, para que possamos escolher os animais – ou a raça – que demonstrem melhor adaptabilidade, ou seja, maior desempenho genético produtivo para tal característica, seja esta carne, leite ou ainda produção de lã. Posteriormente, necessitamos trabalhar a parte nutricional destes animais.

Os ovinos possuem uma característica funcional importante que é degradar alimentos compostos por quantidades elevadas de fibra, o que permite formular dietas com as mais diversas fontes de volumosos associados ou não a concentrado. Entre as mais utilizadas existe, ainda, uma grande variedade de forragens que podem ser pastejadas durante período de verão, tais como Pangola, Coast-Cross, Pensacola, Estrela Africana, Tifton e ainda algumas variedades de Panicum maximum, como Mombaça, Aruana, Tanzânia. No entanto, é extremamente importante manter um manejo sincronizado entre a qualidade e a quantidade de forragem ofertada aos animais, visto que as plantas têm seus depósitos de lignina mais acentuados com o transcorrer de seu crescimento vegetativo. Com isso, os níveis nutricionais da planta decrescem consideravelmente e, em conseqüência, a sua digestibilidade. Em regiões onde os invernos atingem temperaturas baixas, o cultivo de aveia, azevén e alguns tipos de trevos podem ser uma boa alternativa quando conjugados ou mesmo individualmente, pois estas plantas possuem parâmetros nutricionais excelentes para tal estação do ano.

Em consórcio com o pastoreio pode, ainda, ser fornecido um suplemento na forma de concentrado, o qual complementará o déficit nutricional causado pelo consumo somente da forragem, proporcionando um aporte suficiente para que os níveis produtivos desejados sejam alcançados. Desta forma, é imprescindível o conhecimento dos níveis nutricionais da forragem.

Os principais níveis a serem analisados nesta relação volumosos:concentrado são proteína, energia, vitaminas e minerais, de maneira que todos sejam atendidos suficientemente evitando desperdício em função da não absorção, devido ao excesso dos mesmos. Com o aumento da produção de grãos, diversas fontes de matéria-prima estão disponíveis no mercado para a confecção de concentrados, tais como milho, farelo de soja, farelo de trigo, farelo de arroz, farelo de girassol, polpa cítrica, caroço de algodão, entre outras tantas. É extremamente importante salientar que ao trabalharmos com resíduos da agroindústria, torna-se inevitável o conhecimento dos valores nutricionais dos mesmos para que a formulação da dieta proceda de maneira correta. A suplementação pode promover, além dos ganhos individuais, o aumento da carga animal, melhorando o rendimento de ganho de peso por área através da saciedade provocada pelo consumo do concentrado e do maior tempo de permanência destes animais nas proximidades do cocho.

Quando trabalhamos com alimentação animal, precisamos ter a consciência de que quanto maior a variedade de matéria-prima tivermos à disposição, mais simples será de consorciamos o balanço nutricional da dieta, os ganhos efetivos dos animais e a rentabilidade do sistema de produção.

Rafael Henrique Sachetautor é zootecnista, mestre em Produção Animal e Analista Técnico da Nuvital Nutrientes.

Dia de Campo apresenta alternativas para alimentação de caprinos e ovinos em época seca

O uso de culturas como o milheto, sorgo e girassol para produção de volumoso aos rebanhos de pequenos ruminantes em épocas secas é o tema do Dia de Campo que será promovido pela Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE) no dia 24 de maio. O treinamento, voltado para agentes de assistência técnica e extensão rural, capacitará os participantes na produção de volumoso (alimentos que são fontes de energia e fibras para os rebanhos), com estações sobre Informações Agronômicas, Alimentação Animal, Custos de Produção e Confecção de Silagem.

Segundo o engenheiro agrônomo Henrique Antunes, pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos, o interesse é mostrar os benefícios das três culturas, vantajosas por possuírem boa resistência e produtividade nas condições climáticas do semiárido, mesmo em períodos de chuvas abaixo da média. “O milheto e o girassol, por exemplo, têm ciclos mais curtos que outras culturas muito utilizadas no semiárido, como o milho. Havendo chuva, em um curto espaço de tempo já apresentam produção”, acrescenta ele.

 

Henrique ressalta que no experimento feito pela Embrapa (e que será demonstrado no Dia de Campo), uma área de 2,5 hectares foi usada para o plantio das três culturas em fevereiro e, mesmo após um período de cerca de 30 dias sem chuvas entre fevereiro e março, com o retorno das chuvas foi possível completar o ciclo do milheto e do girassol, além do ciclo do sorgo já estar próximo do fim. Ele relata também que uma experiência de plantio de milheto foi realizada na comunidade do Cedro, em Sobral (CE), com boa aceitação dos agricultores locais. “Eles ficaram muito animados, em poucos dias o milheto brotou e teve bom crescimento”, afirmou o pesquisador.

 

Outro benefício dessas culturas é a possibilidade de diversificar a produção agrícola no semiárido. “Ninguém defende que as culturas tradicionais como as do feijão e milho sejam substituídas, mas sim que o produtor rural tenha outras alternativas. Quanto mais houver essa diversificação, menor o risco dele não conseguir produzir alimento”, destaca o biólogo Fernando Guedes, também pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos.

 

Fernando ressalta também que essa introdução pode permitir a rotação de culturas – com a plantação de cada uma delas por ano, por exemplo – que traz benefícios ao solo e favorece a redução de pragas agrícolas. “Elas podem facilitar, também, outras atividades do produtor. O girassol tem boa aptidão para a apicultura”, exemplifica ele.

Henrique e Fernando estão na equipe responsável pelo Dia de Campo, que trabalhará com os agentes de assistência técnica e extensão rural, para que futuramente eles possam ser multiplicadores das técnicas de plantio, manejo de solo e silagem a produtores locais. Os participantes receberão sementes de milheto, sorgo e girassol para iniciarem plantios. Segundo os dois pesquisadores, a expectativa é que, se a experiência for bem aceita pelos produtores rurais, haja demanda por essas sementes nos centros comerciais.

 

O Dia de Campo terá início às 8 horas, na sede da Embrapa Caprinos e Ovinos (Fazenda Três Lagoas, Estrada Sobral-Groaíras, km 04), com apresentação do chefe-geral da Unidade, Evandro Holanda Júnior sobre Integração e Inovação de Sistemas Agrícolas no Semiárido. Em seguida, os participantes serão transportados para o campo experimental do Centro Tecnológico de Caprinos Leiteiros, onde serão realizadas as estações, a partir das 10 horas.

 

Adilson Nóbrega
Embrapa Caprinos e Ovinos
MTB/CE 01269JP
(88) 3112.7487
adilson.nobrega@embrapa.br

Governo anuncia instalação de frigorífico em Seminário de Ovinocaprinocultura

O Tocantins possui um rebanho de mais de 145 mil de ovinos e caprinos, e o número vem crescendo a cada ano. Com o objetivo de aumentar a produção, visando o fortalecimento do setor de forma sustentável, o Governo do Estado anunciou a construção de um frigorífico para o abate de ovinos e caprinos. A notícia foi dada pelo secretário executivo da Seagro – Secretaria da Agricultura e Pecuária, Ruiter Padua, na abertura do Seminário Estadual de Ovinocaprinocultura, durante a Agrotins – Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins.

De acordo com o secretário executivo, o Governador Siqueira Campos autorizou a construção, que poderá ser financiada com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico. Segundo Padua, hoje um dos problemas que o produtor encontra é o escoamento da produção. “E o frigorifico fará o processamento da carne e com isso o produtor receberá mais pelos animais.

A Seagro solicitou que a instalação seja em Barrolândia, onde o setor está mais estruturado”, argumentou. Padua lembrou que o município possui um rebanho de mais de mil matrizes e os produtores estão organizados através da Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos de Barrolândia e Região, além da parceria e apoio da empresa Cabanha Malu Dorper.

Palestras

O seminário contou com palestras sobre a viabilidade econômica para criação de ovinos, perspectivas de mercado da carne de ovinos e caprinos e a produção de ovinos a pasto. O diretor comercial do Frigorifico Clube do Cordeiro do estado de São Paulo, Beno Zaterka, falou sobre mercado, onde a procura supera a oferta, principalmente no Sudeste do país. Nesta região, o consumo de caprinos e ovinos é relevante e o preço pago ao produtor supera em mais de 20%, o valor pago na carne bovina.

Segundo o assessor executivo da Seagro, Claudio Sayão Lobato, produzir carne e leite de caprinos e ovinos no Tocantins é um bom negócio. O quilo da carne, pronta para o consumo, é comercializada a preços que variam de R$ 14,00 a R$ 15,00. O litro do leite de cabra, in natura, é vendido a preços que variam de R$ 2,50 a R$ 3,00. “Hoje a maior dificuldade da cadeia de ovinocaprinocultura é a falta de frigoríficos para o abate, porque existe o mercado e as condições ideais de criação”, completou Lobato. O pecuarista Anatalio Dias Silva, do município de Araguaína, foi um dentre os mais de 30 participantes do Seminário. O interesse é conhecer mais sobre a ovinocaprinocultura e as condições de mercado. “Tenho um vizinho que já cria e fiquei interessado, pois atualmente só trabalho com gado de corte, mas pretendo acrescentar mais uma atividade na minha propriedade, e esta é uma atividade que aparenta ser bem rentável”, completou.

 

fonte: ANCO

Dilma se alinha com ruralistas em questão de terras indígenas

A presidente Dilma Rousseff determinou que o governo pare de desapropriar terras agrícolas para a criação de novas reservas indígenas, segundo fontes oficiais, em uma decisão que tem profundas implicações para o país.

O Brasil destinou nas últimas décadas 13% do seu território para tribos indígenas. Vastas áreas adicionais, inclusive áreas valorizadas para a produção de soja, carne, açúcar e outros produtos, estão sob consideração para possíveis novas transferências. A política já foi considerada como uma das mais progressistas do mundo, mas nos últimos meses vinha causando crescentes atritos, pois milhares de agricultores foram expulsos das terras que cultivavam, em alguns casos havia décadas.

Dilma tem frequentemente favorecido mais os interesses ditos “desenvolvimentistas” do que as preocupações mais humanitárias, e agora acredita que a Fundação Nacional do Índio (Funai) foi longe demais na sua atribuição de determinar quais terras devem ser reservadas aos índios, segundo duas fontes governamentais graduadas. Sendo assim, para blindar os agricultores, uma nova diretriz do governo facilitará a expansão do cinturão agrícola do país, importante motor da prosperidade nas últimas décadas e fonte importante de matérias-primas para a China, o Oriente Médio e outras regiões.

As tensões entre agricultores e índios existem há anos, mas explodiram nos últimos meses, quando os dois grupos, por diferentes razões, pleiteiam mais terras. A Constituição de 1988 garante aos índios os “direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam” e diz que o Estado é responsável por demarcá-las. Sucessivos governos cumpriram isso, e as alocações foram muito mais generosas em termos de área do que nos Estados Unidos e na maioria dos outros países latino-americanos.

No entanto, até recentemente, a maior parte dessas terras ficava em áreas florestais pouco habitadas, principalmente na Amazônia. Algumas tribos se queixavam de serem excluídas de áreas valorizadas, sobre as quais tinham reivindicações históricas igualmente fortes. Enquanto isso, a agricultura brasileira cresceu fortemente nos últimos anos, em grande parte graças ao apetite asiático por matérias-primas. Só a área para o plantio de soja cresceu cerca de 40% na última década.

No mês passado, representantes indígenas invadiram o plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição 215, que transfere do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de demarcar as terras indígenas. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, anunciou que o Executivo está trabalhando para, dentro das limitações legais, esclarecer o processo de demarcação e que além da Funai serão ouvidos o Ministério da Agricultura, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Ministério das Cidades, entre outros órgãos.

Dilma estava ciente das disputas, mas a força de um protesto no mês passado em Mato Grosso do Sul a convenceu de que a situação havia alcançado um novo grau de urgência. O relatório subsequente dos seus assessores traçou um quadro claro de abusos por parte da Funai, segundo as fontes governamentais. Uma dessas fontes disse que Dilma ficou “indignada” de saber que antropólogos da Funai haviam recebido praticamente carta branca para determinar quais terras desapropriar, sem levar em consideração se essas áreas eram produtivas.

No Rio Grande do Sul, a Funai está estudando a desapropriação de cerca de 30 áreas, inclusive uma que descendentes de colonos europeus controlam desde 1872, segundo Irineu Orth, diretor da seção gaúcha da Aprosoja, entidade que reúne produtores de milho e soja. “Garanto a vocês que em 1988, quando o Estado foi informado de que deveria reservar terras para os indígenas, não havia um só índio na maioria dessas áreas”, disse Orth.

Os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), agora também se pronunciarão sobre as terras a serem demarcadas. “Precisamos escutar outras vozes”, disse a ministra-chefe da Casa Civil em uma turbulenta audiência no Congresso onde ela anunciou as novas medidas, em 8 de maio.

A sede da Funai, em Brasília, rejeitou repetidas solicitações para comentar o assunto, mas a associação dos seus funcionários divulgou nota na sexta-feira “repudiando” a atitude de Dilma e acusando a presidente de usurpar os direitos da Funai sobre a demarcação de terras indígenas. Uilton Tuxá, chefe da tribo Tuxá, na Bahia, disse por telefone que a decisão de Dilma sobre a Funai foi “um enorme passo atrás para os povos indígenas no Brasil”.

 

fontes: Reuters

Maiores ofertas de carne de cordeiro neozelandesas direcionaram exportações ao Reino Unido e China

Em abril, as exportações totais de carne de cordeiro da Nova Zelândia aumentaram 5% com relação ao ano anterior, registrando o segundo maior volume mensal exportado desde abril de 2010, de 36.567 toneladas. As exportações nos primeiros quatro meses de 2013 totalizaram 133.882 toneladas, 21% a mais ou 23.537 toneladas, com relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Beef + Lamb New Zealand.

Os grandes volumes exportados em abril foram direcionados principalmente pela oferta, à medida que os produtores continuaram abatendo cordeiros em níveis maiores que o esperado por causa da pior seca registrada em 30 anos.

Os envios para a União Europeia (UE) representaram 40% do total das exportações neozelandesas em abril, em 14.590 toneladas – mas caíram 12% com relação a abril do ano anterior, devido a uma grande redução nas exportações para a França, que caíram 48%, para 1.092 toneladas. Em contraste, as exportações ao Reino Unido aumentaram 25%, para 8.547 toneladas, representando 59% das exportações totais de carne de cordeiro à UE.

As vendas à China continuaram a níveis muito altos durante abril, totalizando 11.400 toneladas, 86% a mais que em abril do ano anterior. Em comparação, as exportações ao Oriente Médio e Estados Unidos caíram 17% e 10% com relação a abril do ano anterior, para 3.088 toneladas e 1.092 toneladas, respectivamente.

A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

Testes de desempenho podem melhorar rendimento de produtores de ovinos

Os produtores de ovinos estão demorando para usar registros de desempenho como um método para melhorar seus retornos financeiros, mas um dos entusiastas do uso de dados de cria afirmou que esse poderia gerar um bônus de cerca de £1000 (US$ 1.522,10) por carneiro.

Samuel Boon, que é gerente da Signet, que faz a maioria dos trabalhos de registros de dados no Reino Unido, disse que existe uma série de razões pelas quais produtores comerciais de ovinos deveriam comprar carneiros com altos valores estimados de cria (EBV, sigla em inglês). “Maiores taxas de crescimento, redução dos dias para o abate e melhorias na conformação da carcaça podem ser obtidos além de uma série de benefícios colaterais”, frisou ele.

Ele destaca que os resultados de um estudo de dois anos feito com cordeiros de pais da raça Suffolk sob condições variáveis de clima mostraram que em quase todos os casos, a progênie dos carneiros com desempenho registrado com altos índices foram melhores do que aquelas selecionadas puramente a olho. “Há uma mensagem realmente positiva aqui. O fato de que esses resultados foram replicados em várias fazendas e em diferentes estações fortalece essa mensagem”, disse Boon. “Isso mostra que um investimento em genética superior é uma forma importante para os produtores de ovinos aumentarem os retornos do rebanho”.

Samuel também acredita que a indústria está tomando conhecimento das melhorias que podem ser obtidas e admitiu que algumas raças tiveram melhores comprometimentos com o registro de desempenhos, com Llyens e Texels aumentando seus números recentemente, enquanto Charollais e Suffolks permaneceram no mesmo nível nas duas últimas estações.

Comentando sobre o projeto Suffolk, o presidente do Grupo de Estratégias Ovinas da Escócia, Maimie Paterson, disse que depois do trimestre final de 2012 muito difícil e do começo também difícil de 2013, os produtores de ovinos precisam “usar todas as ferramentas disponíveis para ajudar a melhorar suas margens”. “Os resultados do projeto mostram, sem dúvida, que os benefícios do registro de desempenho dos animais são muito reais e simplesmente não podem ser ignorados”.

“Os resultados dos dois anos consecutivos envolvendo 1.300 cordeiros mostraram que a tendência é a favor de pais com alto desempenho”, disse a representante do QMS, Kathy Peebles. “Os dados cumulativos mostram que as probabilidades estão definitivamente a favor dos machos com desempenho registrado”.

 

fonte: farmpoint

10 a 16 de junho EXPAJÁ 2013

Jataí mais uma vez irá sediar a mais importante exposição de ovinos do estado de Goias. Este ano a exposição é chancelada pela Associação da Brasileira da Raça Santa Inês e vale  para o Ranking Nacional.

Coordenador Expaja Ovinos:

Saul Moura

(64) 9988-6339

Regulamento geral de exposições e competições oficiais da ABSI.

Mais informações: contato@expaja.com.br

10 a 16 de Junho esperamos todos em Jataí – Go.

Seguem as informações necessárias para sua participação.

 

2 – PROGRAMAÇÃO;

 

Data

Evento

Observação

10/06

Entrada dos animais Ate as 20h

11 e 12/06

Admissão dos animais Pesagem e mensuração

13,14 e15/06

Julgamento dos animais Das 08h às 18h.

15/06

Leilão às 12h

17/05

Saída dos Animais Das 08h às 18h.

3 – DAS INSCRIÇÕES E ALUGUEL DAS BAIAS

Serão disponibilizadas baias de 8m2 nos galpões, para maior comodidade dos animais, recomendamos obedecer o espaçamento de 1,3 m2 por animal adulto. Obedecendo a um limite de 6 animais por baia

As reservas das baias devem ser feitas diretamente com a comissão organizadora, por fone (64) 9643 6041 Vanessa Moura  A reserva das baias e o pagamento dos mesmos deverão se efetuado até o dia 5 de junho. Salientamos que não serão garantidos reservas sem o pagamento das baias.

 Valor das Baias:

 

Baias Valor
Internas, 08m2 R$ 220,00

Observações:

4 – DAS INSCRIÇÕES PARA O JULGAMENTO ANIMAL

As inscrições para o julgamento deverão ser feitas junto a comissão de exposição, onde serão recebidas as fichas de inscrição preenchidas (em anexo) e as cópias dos certificados de registros e/ou cartas de aptos ou ainda notificação de nascimentos dos animais PO.

5 – DOCUMENTOS:

            Documentos exigidos para a entrada dos animais no parque:

  • Comprovante de pagamento das baias;
  • GTA com datas de vacinação de raiva, de acordo com as exigências sanitárias de origem e sem pendências, com o número certo de animais e o sexo;
  • Nota Fiscal;
  • A entrada de animais no recinto do parque de exposições somente será permitida mediante aprovação da Comissão de Recepção. Todos os animais somente serão admitidos após inspeção zootécnica e zoosanitária, antes de entrar no Box. Portanto, deverão apresentar atestado de sanidade animal com ausência de sinais físicos de doenças infecto contagiosas e parasitárias, identificados com a relação de afixo e tatuagem dos animais, assinado pelo médico veterinário responsável pela propriedade, com endereço e número de telefone para contato caso seja necessário. A validade do documento deverá ser inferior a 30 dias do final do evento.
  • Animais com suspeitas de problemas zootécnicos ou zoosanitários, que apresentem sintomas, e/ou estejam em companhia de animais com doenças infectocontagiosas (linfadenite, ectima contagioso, etc), não serão admitidos no recinto do parque de exposições, e DEVERÃO SER RETIRADOS IMEDIATAMENTE, sem direito a questionamento ou insistência, sob pena de os expositores/criadores serem responsabilizados em caso de negligência ou descumprimento dessa regra.
  •  Para fêmeas, com idade igual ou superior a 18 meses, será necessária comprovação de que a mesma já apresentou prenhês, comprovada por diagnóstico de gestação ou Notificação de Nascimento, junto a ARCO.
  • Atestado de exame andrológico para machos com idade a partir de 12 meses;

Importante:

Contamos com sua participação e colocamo-nos à sua disposição para esclarecimentos de quaisquer dúvidas nos telefones abaixo.

Pedimos a sua colaboração para que seja feito o Deposito identificado na conta abaixo relacionada:

Vanessa Meneses Garcia Moura

Dados bancarios:

Banco do Brasil:

Agencia :4575-6

C/c :14810-5

Enviar comprovante aos cuidados de Vanessa para fazendamourao@hotmail.com

 

 Qualquer duvida, favor entrar em contato

 

Vanessa Moura – (64) 9643 6041

Raquel Moura – (64) 99886708

Saul Moura – (64) 9988 6339

Renato Rigoni – (64) 99897705

PROGRAMAÇÃO DE SHOWS

 

12/6 – Mariana Valadão.

Mariana Valadão é pastora e cantora gospel, premiada no Troféu Talento de 2009, na categoria Revelação, e a primeira atração da Expaja 2013.

 

13/6 – Bruno e Marrone

Bruno & Marrone é uma dupla sertaneja brasileira formada há 17 anos pelos cantores goianos Bruno e Marrone. A dupla já vendeu mais de 9 milhões de discos no país.

 

14/6 – Gino e Geno

Há mais de 40 anos na estrada, a dupla sertaneja Gino e Geno possui letras bem humoradas e ritmos dançantes. Essa promete ser uma das atrações mais animadas da festa deste ano.

 

15/6 – Cleber e Cauan

Um dos novos nomes do sertanejo goiano e que já está fazendo o maior sucesso, é a dupla Cleber e Cauan. Os dois são promessa de sabadão animado na Expaja.

 

16/6 – Clésio dos Teclados, Fred & Humberto e Léo Mendes

O domingo terá a presença de três atrações prata da casa. Os três shows serão garantia de um clima contagiante de diversão!

 

Confira as principais palestras da Expaja 2013:

 

Dia 12/6, quarta-feira.

A Expaja recebe André Luiz Baptista Lins, presidente-executivo da SINFAEG/SIFAÇÚCAR, Fernando Muraro, engenheiro agrônomo formado pela Universdade Federal do Paraná, com pós-graduação em Economia Agrícola, e Heraldo Pereira, jornalista desde 1987, comentarista político da Rede Globo e apresentador substituto do Jornal Nacional.

 

Dia 13/6, quinta-feira.

Lygia Pimentel, médica veterinária, pecuarista, especialista em commodities com ênfase em mercado pecuário é uma das painelistas da quarta-feira.

 

Dia 14/6, quinta-feira

Na quinta-feira, a EMBRAPA tomará conta dos painéis, sendo responsável por uma série de palestras com exposição de pesquisa e temas correlatos, por doutores e pesquisadores do instituto.

 

Confira a programação completa:

Baixe a programação.