Exportações de ovinos vivos da Austrália caem 17% em janeiro

De acordo com dados do Australian Bureau of Statistics, as exportações de ovinos vivos da Austrália durante o mês de janeiro foram 17% menores que no mesmo mês do ano anterior, em 204.250 cabeças. Já os dados do ano fiscal até janeiro alcançaram 1,12 milhão de cabeças, 10% a menos que no ano anterior.

O Kuwait foi o maior mercado para ovinos vivos, com 85.045 cabeças no mês, 22% a menos que no ano anterior, enquanto as vendas no ano fiscal até janeiro aumentaram 43% com relação ao ano anterior, para 526.106 cabeças. O número de ovinos vivos exportados a Qatar caiu 8% durante janeiro, para 60.000 cabeças, e as vendas de julho de 2013 a janeiro de 2014 caíram 10%, para 302.897 cabeças, enquanto os envios à Jordânia caíram 14% em janeiro, totalizando 30.000 cabeças.

As exportações de caprinos vivos para o ano fiscal até janeiro foram de 50.236 cabeças, 44% a mais que no mesmo período do ano anterior. Em janeiro, 6.358 caprinos foram exportados para a Malásia, 35% a mais que no mesmo mês do ano anterior.

A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA).

Austrália suspende exportação de ovinos vivos para o Oriente Médio

A Austrália suspendeu nesta quinta-feira as exportações de ovinos vivos para o Oriente Médio. O governo australiano quer esclarecer os termos dos acordos comerciais com os seus maiores clientes. Três navios ficaram parados no porto de Fremantle, em Western Australia, e outro em Adelaide, South Australia, segundo o vice-secretário do Departamento de Agricultura do país, Phillip Glyde. As embarcações aguardam para carregar mais de 250 mil ovinos e 10 mil cabeças de gado para o Oriente Médio.

Enquanto isso, mais de 21 mil ovinos estão sendo sacrificados no Paquistão depois que o Bahrain os rejeitou no mês passado por suspeita de doença. O departamento de Agricultura australiano suspendeu as exportações enquanto tenta esclarecer as disposições dos acordos diplomáticos com seus clientes que dizem respeito ao desembarque de animais, mesmo se houver dúvidas em relação à sanidade.

Glyde destacou que os exportadores australianos já haviam optado por suspender embarques para o Bahrein, terceiro maior cliente no mercado de ovinos vivos, devido a temores de que os animais fossem rejeitados novamente. O vice-secretário disse ainda que o departamento tinha certeza da saúde dos animais destinados à exportação e não sabia explicar por que eles haviam sido rejeitados. “O risco de rejeição inesperada é visto como grande demais, então a indústria decidiu não fazer embarques para o Bahrein no futuro próximo”, afirmou.

O Oriente Médio é o maior mercado consumidor de ovinos vivos da Austrália. A região respondeu por quase todos os 2,5 milhões de animais que a Austrália vendeu ao exterior em 2011, segundo dados da associação industrial Livecorp. As exportações de animais vivos renderam 328 milhões de dólares australianos (US$ 343 milhões) à Austrália em 2011.

Críticos já haviam denunciado exportações de animais vivos como cruéis e desnecessárias. O senador australiano Lee Rhiannon disse que o governo “perdeu o controle” da cadeia produtiva. Também pediu a suspensão das vendas externas de animais vivos e o aumento do suporte à indústria de carne processada australiana.

O vice-secretário destacou, no entanto, que as exportações de animais vivos têm perspectiva de crescimento no longo prazo por causa do aumento da demanda por carne no Oriente Médio e na Ásia. Camberra está perto de assinar um acordo com o Irã para viabilizar as exportações de animais vivos, segundo Glyde. “Sempre estamos interessados em abrir novos mercados, assim como a indústria”, destacou. “Não há motivos para impedir o início das negociações.”

A executiva-chefe do Conselho dos Exportadores de Gado da Austrália, Alison Penfold, disse que o problema com os ovinos pode afetar a reputação dos produtores e exportadores de carne bovina do país. Ela argumentou que a Austrália tem um dos mais rígidos padrões sanitários para exportação de animais do mundo. “As vendas ao exterior são vitais não apenas para os exportadores, mas também para os produtores”, disse Penfold. “Muitos produtores têm direcionado seus negócios para fornecer gado para exportação de animais vivos. A pressão está aumentando sobre os produtores de ovinos, especialmente.”

As informações são da Dow Jones, publicadas na Agência Estado e adaptadas pela farmpoint

AUSTRÁLIA: EXPORTAÇÕES DE CARNE DE CORDEIRO QUEBRAM RECORDE EM MAIO.

As exportações de carne de cordeiro da Austrália de 1-28 de maio totalizaram 15.116 toneladas – já excedendo o maior volume reportado para o mês de maio (em 2007) e faltando ainda três dias para terminar o mês – de acordo com o Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura. Nesse ritmo, as exportações de carne de cordeiro para maio de 2012 deverão ser uma das cinco maiores mensais já registradas – tradicionalmente lideradas pelos meses de outubro e novembro.

O total atual é 5% maior do que o volume de maio do ano anterior, continuando a tendência vista desde o começo de 2012, à medida que uma maior produção apoia os maiores envios. As exportações ao Oriente Médio e Grande China deverão terminar o mês à frente do ano anterior, enquanto as exportações aos Estados Unidos deverão terminar levemente menores.

As exportações nos primeiros quatro meses de 2012 foram 19% maiores que no ano anterior, de 55.409 toneladas, lideradas por um crescimento significante nos envios ao Oriente Médio e Grande China.

 

fonte: Farm Point