Ovinos aquecem as pistas da estação no Rio Grande do Sul.

Para a temporada de feiras e remates particulares deste início de ano, os ovinocultores do Estado terão acesso a um crédito de R$ 72 milhões. O recurso é a sobra do que foi liberado pelo governo no início de 2011 para que os produtores pudessem manter e ampliar seus plantéis. Dos R$ 102 milhões disponibilizados de março a dezembro de 2011, só 30% foram usados.
O anúncio do programa Mais Ovinos no Campo foi feito durante a Feovelha de Pinheiro Machado, no final de janeiro do ano passado, como a primeira grande aposta do governador Tarso Genro no agronegócio gaúcho. O estímulo financeiro ajudaria o Rio Grande do Sul a ampliar a produção e ofertar mais carne ao mercado nacional – de acordo com o gerente executivo do Cordeiro Herval Premium, Clóvis Cardoso de Ávila, o volume que se tem hoje é suficiente para atender apenas 30% do consumo do Estado de São Paulo, por exemplo, um dos principais compradores de cordeiro do país.
O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, explica que não se pode esperar uma grande mudança em um único ano de programa. De 2010 para 2011, o rebanho gaúcho teve um acréscimo de 100 mil cabeças, passando de 3,7 milhões para 3,8 milhões. Foram abatidas 70 mil fêmeas a menos, o que significa que há mais matrizes no campo. Do crédito liberado pelo governo, cerca de R$ 18 milhões foram captados para a retenção de matrizes e pouco mais de R$ 12 milhões para a aquisição de animais, chegando a um total de 207 mil ovinos nas duas linhas de crédito.
– Se continuarmos neste ritmo, em 10 anos o plantel terá aumentado em 1 milhão de cabeças. É um programa contínuo. Quando se esgotarem esses R$ 72 milhões hoje disponíveis, com certeza, serão liberados mais recursos – diz Mainardi.
Para quem já investe no negócio, o mercado nunca esteve tão aquecido. O quilo da lã chegou a ser comercializado por R$ 15 e o do cordeiro vivo não baixou dos R$ 5. Na propriedade de Parrásio Simões Collares Neto, em Bagé, na Campanha, a comercialização de ovinos bateu a dos bovinos – o quilo da carcaça do boi fica na faixa dos R$ 6,30, e o do cordeiro passa de R$ 8.
Momento que, aliado aos investimentos em genética, impulsionou o produtor a programar o primeiro leilão particular de cordeiros da propriedade, que colocará em pista 50 animais.
A explicação para uma abertura maior do mercado nacional – além do Uruguai ter diminuído as exportações da carne para o Brasil – estaria na preferência pelas raças criadas no Estado, que apresentam percentual de gordura maior e mais entremeada na fibra, uma tendência a deixar a carne mais macia.

Autor: Joice Bacelo. Fonte: Zero Hora

Série de encontros entre EMBRAPA e EMEPA discute projetos para desenvolvimento da ovinocaprinocultura.

O diretor técnico Wandrick Hauss e o pesquisador Daniel Benítez, ambos da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), estiveram na Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE) para uma série de reuniões sobre projetos em conjunto entre as duas instituições nos dias 29 e 30 de novembro.

Segundo Wandrick, o diálogo vem em momento em que as empresas passam por importantes reformulações em suas equipes de pesquisadores e nas suas estruturas físicas.

Após visitar laboratórios e campos experimentais da Unidade, Wandrick destacou a “renovação” da Embrapa Caprinos e Ovinos e a oportunidade de integrar competências com as organizações estaduais de pesquisa agropecuária (Oepas).

Segundo ele, o intercâmbio pode se ampliar, com a troca de informações e uso dos rebanhos das duas instituições para experimentos em projetos conjuntos. “A Embrapa Caprinos e Ovinos é hoje um novo centro de pesquisa, mas pode ter uma dinâmica ainda maior ao se integrar com pesquisas que estão acontecendo nos estados brasileiros. E a Emepa, hoje, é uma organização estadual com um trabalho forte na caprinocultura”, frisou ele.

Wandrick e Benítez participaram de reuniões com o chefe-geral Evandro Holanda Júnior, o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia Selmo Fernandes e pesquisadores da Unidade, em que debateram estratégias para projetos em parceria.

Uma das iniciativas é a participação da Embrapa e Emepa em um relatório da International Goat Association (IGA), para apresentação de experiências bem sucedidas no desenvolvimento da caprinocultura em cinco países no mundo, escolhidos pela associação. As duas empresas executarão este trabalho no Brasil, em trabalho que terá início em 2012 e contará com recursos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

Também entraram nas pautas das reuniões a inserção da Emepa nas ações do Programa Rota do Cordeiro na Paraíba, a proposta de um programa de melhoramento genético animal a ser apresentada à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos e o andamento das atividades do Projeto de Melhoramento Genético de Ovinos do Macroprograma 2, que tem participação da empresa paraibana.

Fonte: Adilson Nóbrega – Embrapa Caprinos e Ovinos

FEINCO abre o ranking oficial da ABSI de 12 a 16 março.

A IX Feira Internacional de Caprinos e Ovinos – FEINCO acontece de 12 a 16 de março no Agrocentro Imigrantes em São Paulo. A exposição será chancelada pela Associação Brasileira de Santa Inês – ABSI, abrindo oficialmente o ranking nacional de 2012.

Em sua nona edição, a FEINCO focará na produção de carne de cordeiro e cabrito, leite e derivados de leite de cabra, exportação e importação de carne e programas de incentivo ao produtor de diversos estados e região.

Em 2012, participarão da feira caprinos e ovinos com aptidão para produção de leite, carne e lã. (Santa Inês, Ile de France, Suffolk, Merino Australiano, Bergamácia, Romney Marsh, Border Leicester, Lacaune, Karakul, Texel, Dorper, Poll Dorset, Hampshire Down, Crioula, Boer, Saanen, Alpina, Anglo Nubiana, Toggenburg, entre outras raças).

Vitrine da cadeia produtiva do setor, e referência como a maior feira indoor da caprinovinocultura da América Latina, um dos destaques da programação da IX FEINCO é a agenda de leilões, com oferta diversificada, tanto de caprinos como de ovinos, uma oportunidade para os investidores fazerem o melhoramento genético do seu plantel.

Além de empresas e criadores que apresentarão as tendências do setor, o Agrocentro espera receber criadores, empresários, técnicos, zootecnistas, veterinários, estudantes e outros profissionais interessados na caprinovinocultura. Como acontece todos os anos, a agenda de eventos paralelos à FEINCO será bastante consistente.

Mais informações sobre a IX FEINCO você confere em breve aqui no portal da ABSI.

Práticas nutricionais adequadas valorizam carne de ovino.

Não é novidade que para atingir um bom preço no mercado, a carne ovina precisa apresentar boa qualidade. No entanto, chegar ao padrão de qualidade ideal é um processo complexo que envolve cuidados de manejo específicos, partindo da boa genética até um bom programa de saúde e alimentação.

Quando o assunto é a nutrição, um bom planejamento de pasto é essencial e deve estar aliado a uma fonte alternativa de alimentos, como o uso estratégico de suplementos. Todos os cuidados envolvidos nesse sistema evitam a terminação de carcaças magras que podem favorecer ao endurecimento das fibras musculares e a consequente desvalorização do produto.

A principal variável, em termos de qualidade de carcaça, é o grau de acabamento do animal, o que depende do acúmulo de gordura durante a vida dele. Isso está intimamente relacionado ao nível de alimentação — afirma Roberto Sains, pesquisador da Embrapa.
Para chegar ao mercado com um produto sadio e de boa qualidade, o produtor deve contar com animais chegando ao ponto de abate ainda jovens, saudáveis, com boa terminação e boa musculosidade, como diz o pesquisador. Para ele, tudo isso depende do bom atendimento a todos os fatores de produção, começando com animais de boa genética, passando por um bom programa de saúde animal e boa alimentação.

Dado que a maioria dos sistemas de produção no Brasil é de tipo extensivo, com animais criados a pasto, esse é um sistema que está sujeito a mudanças sazonais e climáticas. Portanto, o produtor precisa levar isso em consideração durante a programação da produção na sua fazenda — orienta Sains.

Como exemplo, ele cita o planejamento forrageiro. É importante saber quais são as épocas do ano quando a quantidade ou a qualidade da forragem cai. Nesse caso, é preciso ter uma fonte alternativa de alimentos, como o uso estratégico de suplementos.
A questão da suplementação mineral deve ser levada em consideração durante todo o ano, dependendo das deficiências minerais de cada região. Nesse caso, os macrominerais, como fósforo e cálcio, devem ser utilizados, assim como os microminerais — explica.

Ainda de acordo com o pesquisador, uma carcaça muito magra sofre diversos problemas durante o processamento. O primeiro deles se refere ao armazenamento na câmara fria. Nesse caso, a carcaça sofre um choque muito rápido porque ainda não possui o isolamento térmico que o acabamento de gordura fornece. Com isso, o resfriamento da carne ocorre de forma acelerada, o que provoca o endurecimento das fibras musculares.
Minha recomendação aos produtores é realizar uma boa programação, tendo atenção a todos os fatores, começando com animais de boa genética, atendendo à questão do planejamento forrageiro e manejo da pastagem e atentando às diferenças sazonais em que diversos tipos de suplementação devem ser usados — conclui Sains.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Caprinos e Ovinos através do número (88) 3112-7400.

Fonte: www.portaldoagronegocio.com.br

Quantidade de carne ovina Uruguaiana importada pelo Brasil em OUT de 2011 é 45% menor comparada a 2010.

De acordo com o Instituto Nacional de Carnes do Uruguai – INAC, as exportações totais de carne ovina expressa em peso com osso no período de 01 de janeiro a 29 de outubro foram de 12.110 toneladas, 20,4% a menos do que no mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 15.206 toneladas. Os principais mercados foram, em ordem de importância, União Européia (UE), Mercosul e China, concentrando 80% do total.

O número de cabeças abatidas nos estabelecimentos habilitados a nível nacional foi de 782.893 com as ovelhas representando 27% do total, os capões 14% do total e os cordeiros, 52% do total.

Importações para o Brasil

No mês de outubro, o Brasil importou 12,6% a mais de carne ovina uruguaia comparado a setembro, totalizando 367 toneladas. Esse aumento nas importações ocorreu devido o aumento da demanda com a chegada do fim de ano. Em outubro de 2010, o Brasil importou 665 toneladas de carne ovina, 45% a mais quando comparada ao mesmo mês deste ano.

Valores

No mês de outubro, o preço do quilo de carne desossada de ovino congelada aumentou 12,9%. Em setembro o quilo custou US$ 8,72 e em outubro US$ 9,85. O preço do quilo das peças não desossadas de ovinos congeladas diminuiu 11,35%, passando de US$ 7,89 para US$ 7,00.

Chile e Argentina

Assim como ocorreu no mês de setembro, no mês de outubro, o Brasil não importou carne ovina destes países.

Autora: Raquel Maria Cury Rodrigues para o portal farmpoint.com.br

Governo Brasileiro realiza ações de prevenção contra aftosa na fronteira do Paraguai.

As medidas de fiscalização adotadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na divisa com o Paraguai seguem sendo reforçadas nos quatro estados da região. O objetivo das ações é evitar a introdução do vírus de febre aftosa notificado pelo país vizinho na mesma data.

Em Mato Grosso do Sul, grande parte do contingente de fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) que estava de férias foi convocado para participar das atividades. O apoio militar em cinco pontos estratégicos e a vigilância ampliada em 14 postos fixos e em 10 barreiras volantes continua em toda a fronteira do estado.

A fiscalização no Paraná (que já está sendo realizada com a instalação de arcolúvios para a desinfecção de veículos procedentes do Paraguai, nas cidades de Guairá, Santa Helena e Foz do Iguaçu) receberá suporte do exército na Ponte da Amizade, na divisa de Foz do Iguaçu com Ciudad del Este.

Em Santa Catarina, as autoridades estaduais também solicitaram ajuda dos militares, que deverão colaborar nos locais de maior risco nas proximidades com a Argentina. Os procedimentos de rotina em todos os corredores sanitários do estado seguem com maior atenção.

No Rio Grande do Sul, a prevenção foi fortalecida com quatro barreiras volantes na fronteira com a Argentina. Todos os postos do Sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) do estado também receberam reforços.

FONTE: www.milkpoint.com.br