Capim massai para produção de ovinos de qualidade.


Roberto Claudio Fernandes é pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos, localizada em Sobral-CE, e afirma que o capim massai “é uma gramínea muito versátil e que produz bastante, tanto em terreno seco como no irrigado”. É uma variedade que possuí fácil adaptação climática, produz uma grande quantidade de folhas e ser resistente a cigarrinha das pastagens.

No que diz respeito ao plantio do capim massai, Roberto Claudio aponta que ocorrem através de mudas ou sementes, sendo a última forma a mais econômica. É recomendado que a semeadura seja feita no período chuvoso (de novembro a fevereiro) e por linhas, juntamente com os processos de aragem e gradação, para que os animais tenham pastagem durante a estação mais seca e de estiagem prolongada (inverno).

O capim massai é indicado para o pastejo rotacionado devido a boa cobertura do solo e rápida rebrota, além de servir para produção de feno. Seu teor de proteína bruta varia entre 10% e 12%, apresentando uma boa produção de folhagens, e é recomendado também na criação de bovinos e eqüinos.

Sobre o manejo da pastagem e o sistema de rotação, existe uma fórmula bastante simples para que o produtor rural consiga entender melhor:

NP = PD/PO + 1

NP = número de piquetes

PD = período de descanso

PO = período de ocupação

Exemplo de pastejo rotacionado com capim massai: Se o produtor tem 8 piquetes (NP) numa área irrigada, ele pode deixar os ovinos em um período de pastejo de 2 dias (PO) em cada piquete – quando a altura residual atingir 25 cm a 30 cm – e deixar a pastagem descansando por 21 dias (PD), até que que o capim cumpra o ciclo de crescimento e atinja uma altura de 60 cm a 70 cm. Durante este intervalo é importante que a área dos piquetes seja adubada.

Recomenda-se uma adubação com cerca de 600Kg a 800Kg de nitrogênio por hectare/ano, mas é fundamental que o produtor obtenha mais informações através da análise de solo antes de iniciar qualquer procedimento.

Sobre o capim massai – Trata-se de uma variedade híbrida, entre o Panicum maximum e Panicum infestum, coletada na Tânzania, localizada no continente africano, e liberada após a realização de pesquisas pela Embrapa Gado de Corte em 2001.

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