JUNHO -PREÇOS DO CORDEIRO CEPEA/ESALQ

 

 

 

DESTAQUES MERCADO DE OVINOS JUNHO/2017

Mercado de carne O período de entressafra de cordeiros fez com que a oferta de animais diminuísse em junho. Em contrapartida, houve também redução da demanda, equilibrando os preços em muitos estados, com exceção de algumas regiões do Nordeste, em que as comemorações juninas aqueceram as vendas da carne de cordeiro. Na Bahia, por exemplo, o aumento da demanda elevou o preço do quilo vivo em 18,1% frente a maio. No Centro-Oeste, a maior dificuldade para os criadores em junho foi a baixa oferta de animais para engorda, movimento típico dessa época do ano, por conta da entressafra. De acordo com colaboradores do Cepea, a disponibilidade de animais deve voltar a crescer em outubro e novembro. Quanto ao Rio Grande do Sul, apesar de os preços não terem apresentado variações significativas em junho, colaboradores do Cepea afirmam que a atual crise financeira no Brasil prejudica as vendas e o abate, especialmente em Pelotas. Criadores de algumas regiões do estado de São Paulo, como Bauru, também atrelam a baixa das vendas de cordeiros à diminuição do poder de compra do consumidor. No Paraná, também por conta da diminuição da oferta de animais, devido à entressafra, algumas cooperativas incentivam a produção, remunerando melhor o quilo vivo do cordeiro. Nessas condições, a média de preço do estado subiu 4,3% em junho. Mercado de reprodução O preço médio do reprodutor comercial no estado de São Paulo aumentou 6,97% frente a maio/2017, devido à elevação da procura por criadores de outros estados  a procura dentro do estado está mais baixa na comparação com o ano passado, devido à diminuição de investimento em genética. No Rio Grande do Sul, o preço médio de reprodutores comercias subiu 7,78% de maio para junho, e o mercado também esteve aquecido para vendas dentro do estado. Expectativas para o segundo semestre 2017 De acordo com colaboradores do Cepea, a expectativa dos criadores de ovinos de corte nos sete estados acompanhados (BA, CE, MS, MT, PR, RS e SP) é de crescimento do setor, devido à possibilidade de investimentos mais robustos na cadeia produtiva de ovinos no segundo semestre de 2017. Quanto aos custos de produção, podem ter queda frente ao mesmo período do ano passado, por conta da forte queda nas cotações do milho segundo dados da equipe Grãos/Cepea, de junho/16 a junho/17, os valores recuaram 45,54% na região de Campinas (SP). O milho é o principal componente da ração ovina. De modo geral, o produtor está em busca de melhorias para a ovinocultura e, por isso, tem boas expectativas.

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